quarta-feira, 27 de maio de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 249 (QUARTA-FEIRA, 27-05-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje é quarta-feira, dia de amenidades, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. São uns “papagaios”! Cantam mas não sabem nadinha da música! Mais ou menos como aquele indivíduo, que ouve o galo cantar mas não sabe aonde! Exemplo bem recente é o do samba do compositor Ney Lopes, interpretado pelo cantor Dudu Nobre. Mais ou menos assim: “...no tempo que Dom Dom jogava no Andaraí...”. Andaraí, que clube é esse? Pouca gente é capaz de saber...
POIS bem! Andaraí foi um clube do Rio de Janeiro no início do século passado, paixão maior de meu saudoso avô Teófilo Santiago, mais conhecido em família como “vovô Tê” e na sua acolhedora São Domingos do Prata como “Sô Teófilo”. Para quem imagina que na minha família só teve um jornalista (o Zé Migué), informo que ele foi um grande jornalista nas décadas iniciais do século passado. Crítico severo, assinava, com pseudônimo, uma coluna no jornal da cidade, salvo engano, um personagem do escritor francês Victor Hugo, que me falta o nome.
ANDARAÍ! Sumiu, acabou, ninguém mais fala dele, a não ser Ney Lopes e Dudu Nobre. Outros clubes brasileiros sumiram. Breve, nosso futebol vai virar uma elite só, apenas com os considerados grandes. No futebol carioca, por exemplo, nas décadas de 50 e 60, além dos grandes, Fluminense, Flamengo, Botafogo, Vasco da Gama, América e Bangu (os dois últimos se apequenaram através do tempo), existiam, além do Andaraí, clubes como Madureira, São Cristóvão, Olaria, Bonsucesso, Canto do Rio, Portuguesa e outros, que revelaram grandes jogadores para o futebol brasileiro e até mesmo do exterior. A lista é enorme. Hoje, lutam, com o “pires na mão”, tentando voltar ao passado de glórias...
NAS Minas Gerais, na mesma época, além dos três grandes (o trio CoelhoRapoGalo) e dos emergentes (Vila Nova e outros), existiam clubes como Asas (Lagoa Santa), Siderúrgica (Sabará), Curvelo, Meridional (Conselheiro Lafaiete), Metaluzina (Barão de Cocais), Bela Vista (Sete Lagoas), Sport (Juiz de Fora), Tupinambás (idem) e outros. O fenômeno não é privilégio apenas do Rio e de Minas. É de todos os Estados do País. Clubes que, como cabelo de careca, foram sumindo, sumindo, sumiram...
PS – Como manda a tradição, mais um desembargador americano no egrégio Tribunal de Justiça de Minas Gerais: meu amigo Alberto Deodato Maia Barreto Neto, juiz da Nona Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte, que deve tomar posse nos próximos dias. Ele vai se juntar a outros nove desembargadores americanos, meus amigos Mário Lúcio Carreira Machado, Márcia Maria Milanez, Antônio Armando dos Anjos, Francisco Batista Abreu, Luciano Pinto, Tiago Pinto (irmãos), Fábio Maia Viani, José Nicolai Masselli e Álvares Cabral da Silva. Cinco deles não perdem jogos do nosso América: Mário Lúcio, Antônio Armando, Francisco Abreu, Masselli e Álvares Cabral. Os outros quatro (Márcia, Luciano, Tiago e Fábio) são chegados em um “pijama”...
ATÉ a próxima.

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