quarta-feira, 6 de maio de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 240 (QUARTA-FEIRA, 06-05-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Quarta-feira é dia de amenidades, ficando as colunas de segunda e sexta reservadas para o meu querido e glorioso América (finalmente, os reforços começam a chegar) e a nossa quase filarmônica do Gutierrez. Falar na turma, calma, amigos, vamos deixar de lado as “briguinhas” sem sentido? Ora, aqueles desentendimentos do último domingo, no restaurante “Sub Zero”, mormente por causa do velho ludopédio, não podem ser repetidos...
NEM só de futebol, amenidades e música vive minha modesta coluna. Sobra espaço, também, para cultura. Não sou professor de Português. Longe disso! Quem sou eu? Apenas estudei a nossa língua pátria durante 12 anos (quatro no curso primário, quatro no ginasial, três no Clássico e um no pré-vestibular), aprendendo, acho, alguma coisa. Tanto que cheguei a ser jornalista, de 1973 a 2006, no extinto jornal “Diário da Tarde”.
DESDE aquela época, não suportava ver gente estudada falar e escrever “vitrine”, quando o correto é “vitrina”. Passei o tempo “brigando” com meus editores, que trocavam o meu certo pelo errado deles. Gente que nunca passou perto do “pai dos burros” (dicionário do Aurélio Buarque de Holanda Ferreira). Na 4ª impressão de “Aurélio Século XXI – o dicionário da Língua Portuguesa”, página 2081, está escrito: “vitrina, vidraça atrás da qual ficam expostos objetos destinados à venda”. De nada adiantaram minhas “brigas” com os editores, vez que os companheiros continuaram errando, escrevendo, por exemplo, assim: “o América colocou seu melhor jogador na vitrine”. A todo momento vê-se tal erro na mídia esportiva. Fazer o quê? Não sou dono da verdade. O Aurélio, sim...
OUTRO erro muito comum, esse, apenas na linguagem oral, é o tal privilégio, que muito desavisado fala “previlégio”. Ora, privilégio (do latim privilegiu) é “vantagem que se concede a alguém com exclusão de outrem e contra o direito comum” (obra citada, página 1640). Essa gente precisa voltar ao “pré-primário”...
OUTRO erro comum, também na linguagem oral, é a tal difamação, que muita gente fala “defamação”. Ai, difamaram a nossa língua pátria! Ora, difamar, do latim, é “ato de difamar”, que é “tirar a boa fama ou o crédito a; desacreditar publicamente, infamar...” (obra citada, página 680).
E A TAL “outra alternativa”, hein? Que coisa horrorosa! Ora, o correto é falar (e escrever) apenas alternativa. Al, em latim, significa “outra”, ao passo que alternativa é “opção entre duas coisas”. Ora, como dizem, “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa” (obra citada, páginas 81 e 107). Um magistrado, quando coloca alguém em liberdade, escreve, no “alvará de soltura”, assim: “se por al não estiver preso” (se por outro motivo...).
PS – Doravante, pelo menos os privilegiados leitores de minha modesta coluna, irão falar e escrever, corretamente, privilégio, alternativa e difamação. “Previlégio, outra alternativa e defamação”, nunca mais. E viva o Aurélio...
ATÉ a próxima.

Um comentário:

Anônimo disse...

grande Miguel
Infelizmente essa vida de músico (de fim de semana)como é a vida da maioria dos músicos,cria eeses contratempos profissionais.
a minha agenda é feita ,por força de contrato ,a minha revelia,e aassim dois shows foram marcados pro sabado.Mesmo assim estarei espiritualmente presente em cada voto de feliz aniversário,em cada canção em sua homenagem.Saúde , paz felicidades
Ps:Quem sabe quando eu for um prospero aposentado como voce eu consiga mandar no meu tempo