quarta-feira, 12 de maio de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 400 (QUARTA-FEIRA, 12-05-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, o dia é de amenidades, caos, “causos” e “jogar conversa fora”, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa sumida quase filarmônica do Gutierrez (deu um “show” em minha residência no último sábado) para as colunas de segunda e sexta. Pois bem! O amigo galista Cadinho Faria, o “mago do violão”, enviou mensagem, falando do “falecimento” da nossa banda, dos motivos, entre eles, seu presidente nunca ter gasto um centavo com a mesma. Já que o Cadinho “brincou”, vou brincar também. Afinal, quem com ferro fere, com ferro será ferido, como diria o imortal escritor Willian Shakespeare...
CADINHO, o problema maior, a meu sentir, é que alguns não entenderam o sentido da banda, confundindo tudo, até “alhos com bugalhos”. A “filarmônica” não foi criada para músico algum ganhar dinheiro e, sim, para o nosso divertimento. Minha intenção foi dar um lazer maior para a nossa turma, a partir do momento que tomei conhecimento de que o amigo Délio Gandra era um grande músico. Foi o começo de tudo. A partir daí, o amigo Jésus Brito encampou a minha ideia, trouxe a sua afinada e barulhenta timba e adquiriu vários instrumentos, montando a banda. Aí, foram chegando outros músicos (todos bons) e o que já estava bom ficou melhor, para alegria de todos nós. Sensacional! Tinha “ensaio geral” nas noites de sexta-feira e “show” nas tardes de sábado.
MAS, infelizmente, alguns músicos tentaram ganhar dinheiro às custas da banda, achando que o dono do bar tinha a obrigação de pagar os músicos. Ora, não tinha, não! Ele não contratava ninguém para tocar. Se contratasse, aí, sim, teria que pagar. Mas, tocava quem queria, sem qualquer compromisso. Sem qualquer obrigação. A banda não era “meio de vida” de ninguém. Quantos bares de Beagá pagam os músicos que contratam? Inúmeros, não é mesmo, Cadinho? Profissionalismo puro, o que não é, nunca foi e jamais será o nosso caso. Brincar e divertir é uma coisa, outra, diametralmente oposta, é profissionalismo. Ninguém é profissional na nossa “filarmônica”...
OUTRA coisa: o “presidente” da banda não tem que gastar dinheiro com a mesma. Gasta dinheiro apenas pagando as suas contas no bar. Não sou presidente de coisa alguma. “Diretor presidente” foi uma brincadeira criada pelo amigo Orfeu Braúna, já que nunca toquei nada, nem “boi no pasto” ou “galinha no terreiro”. Quem quiser ganhar dinheiro, que vá trabalhar. Na nossa turma ninguém trabalha, só se diverte. Nunca vi, em lugar nenhum, alguém ganhar dinheiro se divertindo. Seria uma diversão maravilhosa, sem qualquer sombra de dúvida. “Dinheiro, para que dinheiro, se ela não me dá bola? em casa de batuqueiro, só quem dá bola é viola?”, como diria o inspirado compositor Martinho da Vila. Dinheiro na mão é vendaval, como diria o também inspirado compositor Paulinho da Viola. Ponto final, não se fala mais nisso...
ATÉ a próxima.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro miguel
Msmo sem nomea-los,acho que voce pegou pesado com o nortinho e o odilon.Acho que os dois estão corretos em tentar cobrar dos donos dos bares pra tocar toda semana religiosamente .
Garanto que eles tocam por prazer,mas nem por isso deixam de trabalhar.O fato de eu ,mesmo sendo profissional,nunca ter cobrado nada de ninguem,não significa que eles devam fazer a mesma coisa.Cobrar de voce ,em especial,nem eu nem nenhum músico ja pensou.Nos o conhecemos de sobra.
Mas cobrar dos donos dos bares, que com certeza lucram com os músicos ,isto sim.Voces devia valorizar mais o Odilon que é um grande músico e vem de Lagoa santa, pra tocar pra voces.No mais concordo com voce,mas não me ponha nesse balaio .abraços,

Anônimo disse...

Ps:Ponto final .não se fala mais nisso