DE LETRA

DE LETRA 148 (TERÇA-FEIRA, 09-09-08)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Excepcionalmente, a modesta coluna da segunda-feira (a outra sai na sexta) não saiu ontem, já que estava na acolhedora Conceição do Mato Dentro, na companhia do irmão Domingos Afonso, da cunhada Consuelo Rajão e dos sobrinhos Rodrigo e Cíntia. Foi na casa do mano cruzeirense que, deixando de lado o velho hábito de não ligar o meu aparelho (de rádio, bem entendido), acompanhei boa parte do jogo do último sábado, mormente os momentos cruciantes da permanência de meu querido e glorioso América na Série C do Campeonato Brasileiro do próximo ano. Seria o fim, a nossa queda para a recém criada Série D.
FINALMENTE, bons ventos sopraram em favor do Coelho! Foi um prenúncio do que pode estar vindo por aí. Para se manter na Série C, era preciso vencer o Boavista/RJ (dois a zero, gols de Amilton e Luciano) e uma grande combinação de resultados. O América fez o seu “dever de casa” e todos os resultados aconteceram. Terminado o jogo do belo e confortável Independência por volta das 18 horas, restavam duas partidas que terminariam por volta das 20 horas. Em uma não poderia ocorrer a vitória de uma das equipes (deu empate) e na outra o Clube do Remo não poderia vencer (perdeu de três a zero). Que alívio! “Yes, pronto e vamos andando”, como diria o sumido amigo galista Heleninho Leitão! Que bom, em 2009 o América terá atividade o ano todo! Campeonato Mineiro e Série C e, quem sabe, Copa do Brasil, caso o Coelho conquiste a Taça Minas Gerais de 2008, que está disputando. Mas, é preciso montar um forte elenco, vez que, com o atual, não vai em lugar nenhum...
ORA, vibrar com o “milagre” do último sábado, tudo bem, deu novo ânimo ao torcedor americano. Mas, não pode ser esquecido a pífia participação na Série C de 2008, com o América sendo eliminado na segunda fase, com esta fraca campanha: em 12 jogos, cinco vitórias, três empates e quatro derrotas, marcando 13 gols (média de 1,08 por partida) e sofrendo oito (média de 0,6), com saldo positivo de cinco. Com quatro gols, Luciano foi o nosso artilheiro, seguido de Amilton, Deivdy (três, cada), Rogério e Kelton (um, cada). O outro gol foi marcado por um adversário (mui amigo!) Adversários fracos, como fracos foram os do Módulo II do Campeonato Mineiro, que o América conquistou e retornou à divisão de elite das Minas Gerais, o que não pode iludir a ninguém. O dinâmico presidente Antônio Baltazar sabe do que estou falando. Um clube não vive só de patrimônio. De futebol, também...
PS – Foi dentro da minha previsão. Somente na tarde de ontem, quando cheguei de viagem, é que tomei conhecimento de que a nossa quase filarmônica do Gutierrez deixou passar em “brancas nuvens” mais um final de semana (o terceiro, para ser mais preciso). Com a palavra seu talentoso maestro, meu grande e dileto amigo americano/santista Jésus Wagner Marques Brito, o da timba afinada e barulhenta. Sem música, não dá...
ATÉ a próxima.