quarta-feira, 13 de maio de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 243 (QUARTA-FEIRA, 13-05-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Quarta-feira é dia de amenidades, casos e “causos”, ficando meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. Este caso é verdadeiro. Nunca esqueci. O Brasil conquistou, brilhantemente, a Copa do Mundo de 1958 (a primeira das cinco), mas eu, que contava com apenas 14 anos de idade, perdi a minha. Explico: perdi o ano letivo. Um segundo ano ginasial jogado fora por causa do velho ludopédio. Levei “bomba”! Que vergonha! Ainda bem que o meu saudoso genitor não ficou sabendo o motivo de minha reprovação, vez que iria apanhar que nem cachorro sem dono...
É QUE o Mundial foi realizado em junho e as provas parciais do Colégio Marconi também. Nos dias de jogos a cantina do educandário ficava cheia. Os estudiosos, chamados de “CDF”, faziam as provas e os nem tanto ficavam grudados no rádio, como o Zé Migué. Foi um “zero” atrás do outro. No final do ano veio a triste consequência: “bomba”. O jeito foi repetir o segundo ano ginasial em 1959. Coisa de garoto “levado”...
TIRANDO a minha irresponsabilidade juvenil, bons tempos! O País parou! A “Rádio Bandeirantes”, de São Paulo, nunca teve uma audiência tão grande. Era a emissora preferida dos brasileiros, com os fantásticos locutores Pedro Luiz e Edson Leite e os comentaristas Mário Moraes e Mauro Pinheiro, que passaram, para nós, as emoções das cinco vitórias brasileiras: Áustria (três a zero), Rússia (dois a zero), País de Gales (placar menor), França (cinco a dois) e Suécia (idem). E do empate zerado com a Inglaterra. E dos seis gols (em quatro jogos) daquele que viria a ser considerado o maior jogador da história do futebol mundial, um tal de Edson Arantes do Nascimento, vulgo Pelé. Que “timaço”! Além dele, os talentosos Djalma Santos, Nilton Santos, José Ely de Miranda (Zito), Valdir Pereira (Didi) e Manoel Francisco dos Santos (Garrincha). Time imbatível...
PS – Quando a Verônica Lima (jornalista da Anatel) e o galista Cadinho Faria (o “mago do violão”) exigiram que eu criasse um blog, assim que me aposentei no extinto jornal “Diário da Tarde”, em junho de 2006, não imaginava que teria tantos leitores. Ledo engano! Já recebi mensagens até do exterior. No último dia 8 (meu aniversário), por exemplo, recebi telefonema do americano (aqui e no Rio) e odontólogo Fernando Marcos Bartolomei, mineiro do Sul de Minas, que mora em Teresópolis/RJ e tem consultório em Copacabana.
O AMIGO Fernando contou-me que, por chegar do serviço muito tarde, deixa para ler minhas três modestas colunas semanais (segunda, quarta e sexta) na noite de sexta-feira, de uma “tacada só”. Assim, não perde tempo lendo jornal. Para quê? Seria pura perda de tempo, vez que a mídia esportiva mineira não fala nadinha ou quase nada do nosso glorioso América. Odiosa discriminação! Essa gente só pensa na “fuleira”, “fajuta”, famigerada e protegida duplinha RapoGalo...
ATÉ a próxima.

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