quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 318 (QUARTA-FEIRA, 04-11-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Como toda quarta-feira, hoje o dia é reservado às amenidades, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. Já que é assim, vamos “jogar conversa fora”. Pois bem. Mais uma vez, sou obrigado a dizer que brasileiro não pode ficar furioso, possesso da vida quando os argentinos nos chamam de “macaquitos”. Imitar, mormente coisas vindas da América, é com brasileiro mesmo. E quê bicho é chegado às imitações? Claro que é o macaco! Imita quase tudo que o homem faz. Só falta falar. Basta dar um pulinho ao Jardim Zoológico para conferir. Até as “besteiras” do homem ele imita. Coisa mais feia...
ORA, brasileiro tem antipatia de argentino. A recíproca é verdadeira. No velho ludopédio, então, a “coisa fica preta”. O “pau quebra” dentro e fora das quatro linhas. Esses “hermanos”! Por isso não entendo essa badalação toda em torno do “gringo” Sorín, que recebeu título de cidadão honorário de Belo Horizonte e tem jogo de despedida logo mais no Mineirão. Só faltaram colocar tapete vermelho para o ex-jogador cruzeirense, que não jogou quase nada pela Raposinha/saltitante e não ganhou nadinha. Parece brincadeira, um argentino ídolo de uma torcida brasileira...
QUANTOS “gringos” jogaram ou jogam no futebol brasileiro? Inúmeros, não é mesmo, caro e atento leitor de meu modesto Blog internacional? Nunca vi nenhum deles sendo homenageado de maneira semelhante. A Raposinha, mesmo, já teve jogadores de outros países, como o também argentino Roberto Perfumo, que cumpriu seu contrato com o clube, foi embora e pronto. Nada de homenagens. Pelo menos não consta de minha memória, que não é tão fraca assim...
E quantos jogadores de outros Estados e de cidades da nossa interlândia brilharam no futebol mineiro e não foram homenageados? A maioria, após a aposentadoria, dependurou as chuteiras e escolheu Beagá para morar e criar a família. Do meu querido e glorioso América posso citar alguns, como Jair Bala, Ari, Juca Show, Toledo e Eder Aleixo. No Galinho, Dario Maravilha, Marcial e Reinaldo Lima. E, na própria Raposinha, Zé Carlos, Evaldo, Dirceu Pantera, Nelinho, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira. Para nenhum deles e nem para os outros não citados, ninguém estendeu tapetes vermelhos e nem deu título de cidadão honorário da cidade. Jogo de despedida, então, nadinha. Não é, mesmo, ilustre vereador e radialista Alberto Rodrigues? Por quê apenas o “gringo” Sorín mereceu tanta “badalação”? Logo um argentino? Não dava para ser, por exemplo, um uruguaio, um chileno? Daria na mesma, vez que seria contra do mesmo modo. O Brasil é para brasileiro! Por quê Belo Horizonte teria que ser para “gringo”? Que eles sejam homenageados em seus países. “Macaquitos”, pois sim...
ATÉ a próxima.

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