DE LETRA N 999 (QUARTA-FEIRA, 17-06-15)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Quarta-feira, dia de
amenidades e de falar, também, do amigo que partiu. Fernando Brant foi muito
cedo, aos 68 anos de idade. Com a sua sentida ausência, perderam Minas e o
Brasil um de seus maiores compositores da música popular. Nossas vidas foram
muito ligadas. Era muita afinidade. A começar pelos nossos pais, os saudosos
desembargadores José de Assis Santiago e Moacyr Pimenta Brant, que foram
colegas no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ambos de proles enormes (meus
genitores tinham 12 filhos e os do Fernando nove)...
EU e Fernando somos da turma de 1970 da Faculdade de Direito
da Universidade Federal de Minas Gerais. Além disso, fizemos do jornalismo uma enorme
paixão, somente menor do que o nosso incomensurável amor pelo glorioso e
querido América. Minha família é de maioria americana; a de Fernando, também.
Herança de nossos genitores. Todos os ingredientes para uma grande amizade...
GUARDO comigo um orgulho que vou contar hoje pela primeira
vez. Quando compôs a música Sentinela (Morte dela, sentinela eu sou...), para
um festival nacional de música, em 1967, Fernando estava comigo na cantina da
faculdade, tomando uma “loura gelada” (cerveja). Dei até “pitaco” na letra da
canção, a pedido do amigo. Se ele aceitou ou não minhas ponderações, não sei
mais. Faz tempo! De uma coisa tenho certeza: Sentinela tem dois letristas (eu e
Fernando) e um músico (Milton Nascimento, o talentoso amigo Bituca). Hoje, já
aposentado, estou sem a “loura gelada” (proibição médica) e o amigo Fernando,
chamado pelo Senhor...
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