quarta-feira, 17 de junho de 2015

DE LETRA

DE LETRA N 999 (QUARTA-FEIRA, 17-06-15)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Quarta-feira, dia de amenidades e de falar, também, do amigo que partiu. Fernando Brant foi muito cedo, aos 68 anos de idade. Com a sua sentida ausência, perderam Minas e o Brasil um de seus maiores compositores da música popular. Nossas vidas foram muito ligadas. Era muita afinidade. A começar pelos nossos pais, os saudosos desembargadores José de Assis Santiago e Moacyr Pimenta Brant, que foram colegas no Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Ambos de proles enormes (meus genitores tinham 12 filhos e os do Fernando nove)...
EU e Fernando somos da turma de 1970 da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais. Além disso, fizemos do jornalismo uma enorme paixão, somente menor do que o nosso incomensurável amor pelo glorioso e querido América. Minha família é de maioria americana; a de Fernando, também. Herança de nossos genitores. Todos os ingredientes para uma grande amizade...
GUARDO comigo um orgulho que vou contar hoje pela primeira vez. Quando compôs a música Sentinela (Morte dela, sentinela eu sou...), para um festival nacional de música, em 1967, Fernando estava comigo na cantina da faculdade, tomando uma “loura gelada” (cerveja). Dei até “pitaco” na letra da canção, a pedido do amigo. Se ele aceitou ou não minhas ponderações, não sei mais. Faz tempo! De uma coisa tenho certeza: Sentinela tem dois letristas (eu e Fernando) e um músico (Milton Nascimento, o talentoso amigo Bituca). Hoje, já aposentado, estou sem a “loura gelada” (proibição médica) e o amigo Fernando, chamado pelo Senhor...

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