quarta-feira, 9 de setembro de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 294 (QUARTA-FEIRA, 09/09/09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Como toda quarta-feira, hoje é dia de amenidades, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. Pois bem! Vão acabar dando razão ao Nostradamus (Michel de Notredame, astrólogo e médico francês, 1502/1566), que fez terríveis profecias, condenadas, em 1781, pela Inquisição. Será que estamos no fim do mundo? Pelo que tem acontecido de estarrecedor, quem sabe? É cada uma, que nem te conto, caro e atento leitor de meu modesto Blog internacional!
A MAIS recente aconteceu na primeira semana de setembro (quando setembro vier?), na linda Fortaleza/CE, quando um turista italiano de 40 anos foi preso na praia de Iracema, por ter beijado na boca sua filha de oito anos de idade. Que absurdo! Não, o beijo paternal, mas, a descabida prisão. Ora, como disse sua mulher, que é brasileira, isso é costume na Itália, onde “selinhos” entre pais e filhas são comuns. Nada de mais. “Trocaram as bolas”! Trataram o fato como se fosse pedofilia, perversão sexual que visa a criança, desejo forte e repetido de práticas sexuais e de fantasias sexuais com crianças pré-púberes...
BEIJO é coisa completamente diferente. É o ato de tocar com os lábios em alguém ou alguma coisa. Ósculo, contato suave. Mente impura a do brasileiro que chamou a polícia, talvez influenciado pela enorme ocorrência de pedofilia, muito comum na capital cearense de uns anos para cá. Deve ser alguém incapaz de beijar a filha, ainda que no rosto, fato comum no Brasil. Na Itália, é comum pai beijar filha na boca. O problema não é nosso. Se tal fato escandalizou o brasileiro “dedo-duro”, fico a imaginar como o distinto cidadão se sentiria em uma praia de nudismo. Ele não deve sequer passar perto da Praia de Trancoso, no Sul da Bahia. Pudico, isso sim...
ORA, cada povo tem os seus costumes, que devem ser respeitados. O que não vale, por inadmissível, é agredir a moral alheia. Na Copa do Mundo de 1958, na Suécia (nosso primeiro e inesquecível título), os russos escandalizaram o mundo, beijando, na boca, na comemoração dos gols. Um negócio meio esquisito, beijar homem na boca. Homens altos e fortes, até de bigodes. Chocante, para nós, brasileiros. Mas, para os russos, um fato perfeitamente normal, talvez por causa do exagerado frio da Rússia. Com razão o Tim Maia, para quem, “vale tudo/ só não vale homem com homem e mulher com mulher”. Na Rússia é diferente: vale homem com homem, mulher com mulher. No Ceará tem disso não. Nada de homem com homem, mulher com mulher. Pai beijar filha na boca, então! É crime hediondo, atentado violento ao pudor. Lá, é crime pai ser carinhoso com a filha...
PS – “Que beijinho doce/ que ela tem/ depois que beijei ela/ nunca mais beijei ninguém”. “Beijar é tão bom/ tão bom/ tão bom”. Músicas brasileiras. O baiano Beijoca foi ídolo do Mengão! E o Beijoqueiro, hein? Todos gostam de beijo. Menos o turista brasileiro que “entregou” o italiano...
ATÉ a próxima.

Um comentário:

Anônimo disse...

Beijos variados

Há beijos e beijos
Beijos doces, salgados
Beijos fingidos mal dados
Beijos profundos calados
Beijos dados sem desejo
Há beijos e beijos
Beijos respeitosos formais
Beijos de mães e de pais
Beijos cerimoniais
E beijos sem qualquer cerimônia
Beijos estalados
Beijinhos selados
Beijos vendidos ,comprados
Beijos dados com insônia
Beijos de riso de festa
Beijo na bochecha ,na testa
Beijo ruim que não presta
Beijos no atacado e varejo
Há todo tipo de beijo
Beijo rápido roubado
Beijo assim encabulado
Beijos longos chupados
Que roubam a respiração
Beijos triste,consternados
Mas de todos beijos citados
O beijo mais esperado
È beijo dado com paixão

caro miguel
gostei de vê-lo falando de beijos
vai ai a minha visão pessoal e poética dos beijos
abraços de um contumaz beijoqueiro