segunda-feira, 30 de julho de 2007

DE LETRA Nº 35

DE LETRA
MIGUEL SANTIAGO (SEGUNDA-FEIRA, 30-07-07)
OLÁ, caros leitores semanais! Cheguei à banca do amigo João Nascimento (esquina de Avenidas Francisco Sá e André Cavalcante, Gutierrez), como faço há quase oito anos, mas não encontrei o que procurava: o Diário da Tarde. O tradicional e importante jornal de 77 anos e 25.260 números foi “sepultado vivo”, anteontem, partindo meu velho coração. Minha leitura diária e obrigatória desde outubro de 1955, quando deixei para trás a acolhedora Leopoldina (Zona da Mata), para morar com minha família em Belo Horizonte. Fiz parte da história do jornal, onde trabalhei longos 33 anos (de 1973 a junho do ano passado) e fiz inúmeros amigos. Tudo isso não tem mais valor: “mataram” o DT. Saudoso DT, DT querido, foi lá que passei dias felizes em minha vida...
AGORA, à partir de hoje, tudo virou “Aqui com o melhor do DT”, sem aquela excelente cobertura esportiva e policial, “carro-chefe” do já saudoso Diário da Tarde. Um tablóide para concorrer com outro, o Super, hoje um dos jornais mais vendidos no Brasil. Interessante é que, quando fui mandado embora (26 de junho de 2006), pressenti que iriam acabar com o DT (quase 30 dispensas). Não deu outra: um ano após, mandaram mais 40 jornalistas embora, deixando na “rua da amargura” vários profissionais corretos e competentes. Como já estou aposentado, torço para que os antigos companheiros achem o caminho para o recomeço da vida profissional. Como Deus é bom pai, tudo vai dar certo...
A TORCIDA americana, talvez preocupada com o Pan do Rio (bela participação do Brasil, terceira colocação geral, atrás somente das potências olímpicas Estados Unidos e Cuba), não “secou”, como deveria, a “fuleira”, “fajuta”, famigerada e protegida duplinha RapoGalo, na tarde-noite de ontem. Assim, jogando bem novamente, o fraco, pobre e endividado Galinho-sem-esporas trouxe um ótimo resultado de Curitiba (três a um no Paraná) e já é o nono colocado no Campeonato Brasileiro (22 pontos), ao passo que a Raposinha-infernal derrotou o líder Botafogo/RJ (três a dois, no Mineirão, com substancial ajuda do goleiro carioca) e foi para a quinta colocação (23). Cá para nós, a barropretada deu uma sorte danada, vez que o placar moral, sem qualquer exagero, foi de, no mínimo, seis a três (para o Fogão, bem entendido). Se o jogo demorasse mais cinco minutos, a equipe carioca teria feito o “vira-vira”, pelo “sufoco” que deu na equipe mineira.
PS – Para alegria do pessoal do meu Gutierrez, a nossa quase filarmônica deu novo “show” no Bar do Dalmi, na tarde-noite de sábado. Dessa vez, contando com o talento da Nardeli, terapeuta ocupacional do hospital Mário Pena (voz e violão), para alegria do grande e dileto amigo americano/santista Jésus Wagner Marques Brito, o homem da barulhenta e afinada timba (o nosso também Santos, que coisa horrorosa, hein?). E dos talentosos músicos Kadin Faria (o mago do violão), Délio Gandra, Átila e outros. Valeu, minha gente!
ATÉ a próxima.

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