segunda-feira, 19 de maio de 2008

DE LETRA N° 116

DE LETRA 116 (SEGUNDA-FEIRA, 19-05-08)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Desde a década de 70, pela segunda vez, o torcedor americano não teve o direito de soltar o grito de “campeão” dentro de um estádio. Em 1971, após vencer, na noite de sábado, o Uberlândia, no Mineirão (com “show” e belos gols de “bicicleta” do fantástico Jair Bala), o meu querido e glorioso América teve que esperar, no dia seguinte, a vitória do fraco, pobre e endividado Galinho/sem/esporas contra a Raposinha/saltitante, para ficar com o título estadual (invicto). E agora, para confirmar o título antecipado do Módulo II do Campeonato Mineiro, teve que esperar, na tarde de ontem, o “tropeço” da Caldense, em Itaúna. Tudo bem, valeu a conquista e o retorno à divisão principal do futebol mineiro. Agora, é encerrar a participação na competição, fazendo um “amistoso de luxo” contra o Ideal/Ipatinga, em nosso belo e confortável Independência. E começar a se preparar para a Série C do Campeonato Brasileiro, que começa no início de julho próximo, com uma equipe totalmente remodelada. O alvo do Coelho doravante passa a ser a Série B do próximo ano. Não podemos perder essa oportunidade de ouro que chegou bem antes do que muitos incrédulos imaginavam. Valeu dinâmico presidente Antônio Baltazar! Valeu igualmente dinâmicos dirigentes!
AO CONFERIR a classificação do Módulo II após a rodada de ontem, dá até um friozinho na espinha, vez que, se o América (38 pontos) perdesse seis pontos no TJD pela falada escalação de um jogador com três cartões amarelos, poderia perder o título para o Uberlândia (33). Ainda bem que tudo não passou de um “terrorismo barato” armado por alguém fora do meu clube. Está tudo certo como dois e dois são quatro! Agora é só comemorar e esperar pela Série C do Brasileirão. O Mecão vai enfrentar, na primeira das quatro fases, no Grupo 11, Cabofriense/RJ, Paulista de Jundiaí/SP e Serra/ES. Os dois primeiros passam para a segunda fase. Dureza! A torcida espera um elenco forte, presidente Baltazar. A chance está aí. Não podemos bobear...
PS – Enquanto o torcedor americano segue “secando” os rivais caseiros (o Tigre perdeu as duas primeiras no Brasileirão, o Galinho empatou as duas e a Raposina “suou” para marcar um golzinho solteiro no “cascudão” do Botafogo/RJ), a nossa quase filarmônica do Gutierrez continua “bombando” no bar do agitado galista Toninho Afonso (Rua Américo Macedo), na noite de sexta-feira e na tarde/noite de sábado, sob o firme comando do grande e dileto amigo americano/santista Jésus Wagner Marques Brito. Sábado apareceu cada “lube-lube” de lascar, como diria o flamenguista Zé Carlos (da CEF da Rua Tupinambás), como um “cruzeirense” cantando e rebolando e uma “escurinha” pequena (pouco mais de um metro e meio) sambando o tempo todo, como se fosse uma sambista de escola de samba. Depois de muito rebolar, humildemente agradeceu a compreensão da banda e saiu toda feliz para pegar o metrô e ir para a sua residência. Foi bonito! O Orfeu Braúna (o do bandolim) se emocionou e pediu que eu escrevesse uma crônica a respeito. Não deu, amigo: faltou-me inspiração...
ATÉ a próxima.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu tava lá eu vi.
Aquele corpo miúdo rebolando,como que querendo botar pra fora sua miséria e desilusão.Feito uma pobre chacrete de bar ,freneticamente sintonizada no ritmo da banda.dando as costas pros olhares preconceituosos e debochados.O circo da vida só é entendido e apreciado pelos que nunca perderam a crinça que resiste na gente,com sua pureza e inocência.Aquela que não ditingue as pessoas pela cor ou condição social.Os que não tem esse olhar da infancia,estão condenados ao inferno da hipocrisia social
.Eu tava lá eu vi uma mulher voltar a ser crinça,pura e inocente como a muito tempo não é mais.