sexta-feira, 20 de junho de 2008

DE LETRA Nº 125

DE LETRA Nº 125 (SEXTA-FEIRA, 20-06-08)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Ainda bem que, por não suportar confusão, não fui ao Mineirão, na noite de anteontem. Não perdi meu precioso tempo. Fiquei em minha residência e liguei o meu aparelho (de televisão, bem entendido). Que pavor! Que joguinho! Uma autêntica “pelada” internacional, outrora o maior e mais eletrizante clássico do futebol mundial, recheado de talentos raros, como o inigualável Pelé, o fenômeno Mané Garrincha, Didi, Gerson, Tostão, Rivelino, Maradona e outros. Bons tempos. Hoje, somos obrigados a ver jogadores limitados como Maicon, Jean, Lúcio, Gilberto, Mineiro, Adriano, Gago e outros. Um futebol “gago”. E ter que chamar Messi de craque. É muito para o meu colesterol...
O CORAJOSO amigo Jésus Brito, que foi ao estádio com seu filho Luquinha, contou-me os detalhes. Coisa horrorosa! Se ao menos houvesse futebol, tudo bem, teria valido o sacrifício. Mas foi um joguinho de dar “calo na vista”. Fora das quatro linhas foi um espetáculo inesquecível, com Pelé na “calçada da fama”, Gal Costa cantando o Hino Nacional e o “show” das ótimas bandas mineiras “Skank” e “Jota Quest”. O trânsito foi um horror, mormente após o jogo, quando todos voltam para casa no mesmo horário. Um “engarrafamento” total! Táxi era disputado no “tapa”. O Jésus e o Luquinha, por exemplo, só conseguiram chegar em casa depois das duas horas da madrugada, quando o Zé Migué ainda estava acompanhado de uma “loirinha” (o velho “guaraná”, bem entendido). Noite para ser esquecida. Estou falando do velho ludopédio e, não, do espetáculo no estádio. Inteligente, o torcedor vaiou o (des)treinador Dunga e os jogadores. E foi irônico, ao aplaudir o “gringo” Messi, por não ter motivo para aplaudir os atletas brasileiros. E cantou: “adeus, Dunga” e “Dunga, seu jumento”. Uma triste quinta colocação nas eliminatórias (as quatro primeiras Seleções se classificam para a Copa do Mundo e a quinta vai para a repescagem). A que ponto chegou o nosso futebol, outrora melhor do mundo...
PS – Nada como uma boa música para esquecer uma “noite de pesadelo”! Na noite de hoje e na tarde/noite de amanhã, somente para variar, a nossa quase filarmônica do Gutierrez, sob a firme batuta do grande e dileto amigo americano/santista Jésus Wagner Marques Brito, o da timba afinada e barulhenta, volta a “bagunçar” o bar do agitado galista Toninho Afonso (Rua Américo Macedo), com os talentosos músicos Nortinho (violão, voz, animação e esculhambação), Antônio Orfeu Braúna (cavaquinho, digo, bandolim e percussão), Cadinho Faria (o “mago do violão”), Joaquim Gonçalves Fonseca (o “rei das damas do Gutierrez” e seu “surdo pandeiro”), Délio das Graças Gandra (o homem dos sete instrumentos, seus “causos” e mentiras), Traul (a voz), Farjallo, Átila (percussão) e outros. Que futebol que nada! Deixa a vida me levar, vida leva eu...
ATÉ a próxima.

Nenhum comentário: