segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

DE LETRA

DE LETRA Nº 658 (SEGUNDA-FEIRA, 02-01-12)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Para completar o péssimo ano, o meu glorioso e querido América perdeu, no derradeiro dia de 2011, um de seus maiores ídolos, o talento raro Juca Show. Quase todo torcedor americano sabia de sua grave doença, um câncer que o fez sofrer tanto, antes de fechar os olhos pela última vez, aos 67 anos de idade. Mais uma página virada no clube. Essa, bem triste. Que Deus o tenha no melhor lugar. Ele merece...
DE ídolo, como jogador, meu amigo, como torcedor! De 1955, quando comecei a torcer pelo Coelho, até os dias de hoje, Juca foi, para mim, um dos três maiores jogadores da história do meu clube. Os outros? Meu saudoso amigo Zuca e meu amigo Jair Bala, único que sobrou do trio. Juca começou a jogar tarde, aos 25 anos de idade, sem passar sequer pelas categorias de base. Alto, elegante, jogava de cabeça erguida. Dava gosto vê-lo em campo. Sou testemunha ocular do que ele fez com o Vasco do Roberto Dinamite e companhia em 1973, quando o Coelho calou o Maracanã lotado. Juca só não fez chover. Exuberante atuação...
NO dia seguinte, em sua coluna de “O Globo”, o cronista Nelson Rodrigues cobrou sua convocação para a Seleção Brasileira para o Mundial de 1974. Realmente, não tinha um armador (camisa oito) no Brasil que jogava como o Juca Show. Infelizmente, não está mais no nosso convívio, somente no coração. Adeus ídolo Juca, adeus amigo Juca!
ATÉ a próxima.

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