quarta-feira, 3 de setembro de 2014

DE LETRA

DE LETRA N 877 (QUARTA-FEIRA, 03-09-14)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, dia de amenidades e de jogar conversa fora, ficando o meu glorioso e querido América para as colunas de segunda e sexta. Querem que o já tão desprestigiado torcedor brasileiro entrem num estádio de futebol com a boca costurada. É proibido abrir a boca. Nada é permitido. Ninguém pode falar mais nada, caso contrário, é chamado de “racista” e outras baboseiras. O caso do goleiro Aranha foi emblemático. Colocaram parte da torcida do Grêmio/RS no “paredão”, pelo simples fato de ela ter chamado o goleiro santista de “macaco”. Ora, que mal a torcida fez? Agressão verbal? Isso é uma tremenda besteira. O que não vale e nunca valeu foi agressão física. Essa é intolerável. Sou do tempo que uma torcida cantava para a outra, no Mineirão: “um, dois, três, quatro, cinco, mil/ eu quero que (o time rival) vai para a ponte que caiu”...
PARA a turma que defende o goleiro Aranha (sou americano e santista), digo que o meu apelido de infância e juventude era Miguel “Macaco”. Entretanto, nunca me senti ofendido. Quem me colocou tal apelido foi o engenheiro aposentado da Cemig, Paulo Roberto Fábregas, um dos maiores talentos que já vi e que foi meu colega no Curso Ginasial do Colégio Marconi. Até hoje alguns amigos daquela época (década de 60) me chamam de “Macaco” e o Bebeto jamais deixou de ser um de meus melhores amigos. E o inigualável Pelé, quando achou ruim ao ser chamado de “crioulo”? Nunca! Ele (e eu) era superior a tudo e a todos...

ATÉ a próxima.

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