DE LETRA N 877 (QUARTA-FEIRA, 03-09-14)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, dia de
amenidades e de jogar conversa fora, ficando o meu glorioso e querido América
para as colunas de segunda e sexta. Querem que o já tão desprestigiado torcedor
brasileiro entrem num estádio de futebol com a boca costurada. É proibido abrir
a boca. Nada é permitido. Ninguém pode falar mais nada, caso contrário, é chamado
de “racista” e outras baboseiras. O caso do goleiro Aranha foi emblemático. Colocaram
parte da torcida do Grêmio/RS no “paredão”, pelo simples fato de ela ter chamado
o goleiro santista de “macaco”. Ora, que mal a torcida fez? Agressão verbal?
Isso é uma tremenda besteira. O que não vale e nunca valeu foi agressão física.
Essa é intolerável. Sou do tempo que uma torcida cantava para a outra, no
Mineirão: “um, dois, três, quatro, cinco, mil/ eu quero que (o time rival) vai
para a ponte que caiu”...
PARA a turma que defende o goleiro Aranha (sou americano e
santista), digo que o meu apelido de infância e juventude era Miguel “Macaco”. Entretanto,
nunca me senti ofendido. Quem me colocou tal apelido foi o engenheiro
aposentado da Cemig, Paulo Roberto Fábregas, um dos maiores talentos que já vi
e que foi meu colega no Curso Ginasial do Colégio Marconi. Até hoje alguns
amigos daquela época (década de 60) me chamam de “Macaco” e o Bebeto jamais
deixou de ser um de meus melhores amigos. E o inigualável Pelé, quando achou
ruim ao ser chamado de “crioulo”? Nunca! Ele (e eu) era superior a tudo e a
todos...
ATÉ a próxima.
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