segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

DE LETRA Nº 71

DE LETRA Nº 71 (SEGUNDA-FEIRA, 03-12-2007)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Que rivalidade que nada! São é “mui amigos”. A rivalidade deles é para inglês ver. Somente quando se enfrentam é que o “pau quebra”, mormente entre os torcedores. Fora isso, vivem entre “abraços e beijos”. A prova maior disso testemunhei na tarde de ontem, no Bar do Dalmi, no meu Gutierrez, com muita festa e confraternização. “Obrigado, Galo”, disseram meus amigos cruzeirenses! Vivendo e aprendendo! Nunca imaginei que pudesse ver algo semelhante na vida, após mais de 50 anos acompanhando o velho ludopédio...
SÓ não tiveram a coragem de vestir a camisa atleticana e de cantar o Hino do Galo. Mas meus amigos cruzeirenses gritaram “Galô” a cada gol do fraco, sofrido e endividado Galinho/sem/esporas. Vai entender! Quem diria? O Vavá, então, foi ao delírio. Todos foram. Somente o mano Domingos Afonso e o amigo Pierre se contiveram, torcendo, sem qualquer entusiasmo. Pois é, já não se fazem mais cruzeirenses como antigamente...
DOIS aparelhos foram ligados no bar (de televisão, bem entendido). Um olho na Raposinha/saltitante e outro no Galinho. Como todo mundo sabia que o América dos pobres (o potiguar, é claro), rebaixado com enorme antecedência e com time reserva, seria uma presa fácil, trocaram de canal após o segundo gol estrelado, para a turma conferir o martírio do Corinthians. A “morte” do Coringão apenas o Zé Migué e o grande e dileto amigo americano/santista Jésus Wagner Marques Brito acompanharam. O resto ficou torcendo pelo Galinho. “Vamos lá, Galo”, gritavam meus amigos estrelados! “Obrigado, Galo”, esbravejaram no final da partida! E comemoraram unidos. Uma festa em azul, preto e branco. Samba do crioulo doido! Torre de Babel! Libertadores para um e Sul-Americana para o outro. E vão viver em paz e harmonia o resto da vida...
A ÚNICA coisa séria que vi no final de semana foi, para variar, a bela apresentação da nossa quase filarmônica do Gutierrez, na tarde/noite de sábado, como sempre bem comandada pelo Jésus Brito, com sua afinada e barulhenta timba. Um “show”! “Show”, também, dos talentosos músicos Mário, Alex, Camilo, Délio Gandra, Átila, Denise Fonseca, Domingos e outros. Só faltou o Cadinho Faria, o “mago do violão”. Até o mano Zé Marcos, com sua inseparável camisa do nosso América, arriscou um ritmo. E o Zé Migué só olhando...
PS – Amanhã, as famílias Santiago e Quintino dos Santos comemoram as Bodas de Ouro do casal Sérgio Lellis (meu irmão) e Myriam, ao lado de seus filhos (Ricardo, Serginho e Alexandre), de suas noras (Beth, Tina e Cláudia), de seus netos (Raphael, Camilla, Lucas, Tomás, Filipe, Henrique, Isabela e Marina) e de seus inúmeros familiares. Estarei firme nas bodas, já que não fui ao casamento. O motivo? Minha saudosa mãe não permitiu, ao entendimento de que eu era muito criança (13 anos de idade). Ah, Dona Delphina! Hoje, com tal idade, um garoto sai de casa sozinho. Tempos mudados...
ATÉ a próxima.

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