quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

DE LETRA

DE LETRA N 211 (QUARTA-FEIRA, 25-02-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Quarta-feira, como de costume, é reservada para as amenidades, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas (modestas, por sinal) de segunda e sexta. Em colunas anteriores, falei de alguns professores do Colégio Marconi, de Inglês e Português, que deixaram marcados os nomes em minha vida estudantil (de 1956 a 1964). Hoje vou falar de dois mestres de Francês: os saudosos Daniel Debrot e José Maria de Lima Torres. Ótimos.
PELO sobrenome, nota-se que Daniel Debrot não era brasileiro. Filho do também saudoso professor Marcel Debrot, todos em sua família falavam a língua francesa. Tinha um defeito (grave, por sinal): era atleticano fanático. Tive o privilégio de ter sido seu aluno durante cinco anos (dava aula sempre de terno e gravata), aprendendo a bela língua com ele. Era a matéria que mais gostava. Estudava muito. Meu entusiasmo era tão grande que mantive correspondência com uma francesa durante uns quatro anos. Era a Françoise Doucet, que morava na cidade de Chatenay Malabry, região metropolitana de Paris. Carta para cá, carta para lá. Em francês. Lia jornais e revistas franceses. Com a perda do hábito, esqueci quase tudo. Pois bem. Lá pelas tantas, antes de começar a fazer a prova, Daniel Debrot colocava a nota dez no alto do papel, para inveja de meus colegas. Prova oral também não tinha graça: era um dez atrás do outro. Lia e escrevia com a mesma facilidade...
DURANTE três anos, no Curso Clássico, fui aluno do professor José Maria Lima Torres, que tinha uma filha linda que o substituía de quando em vez, em suas ausências, já que ele era Promotor de Justiça, Procurador de Justiça e Desembargador do Tribunal de Justiça, posteriormente. Em sua primeira aula, cumprimentou os alunos em francês. Somente eu respondi. Daí para a frente, passamos a conversar em francês. Com ele, melhorei mais ainda. Dez era a única nota que eu tirava. Nota idêntica tirei no vestibular de Direito, na Pontifícia Universidade Católica (PUC/MG) e na Universidade Federal de Minas Gerais. Isso, depois de passar por um cursinho preparatório, onde fui aluno do mestre Roldão Neves da Rocha, também “fera” em francês. Hoje, Roldão é sogro do amigo e advogado Délio das Graças Gandra, grande contador de “causos”.
PS – Para agradecer o amigo Daniel, do restaurante “Sub Zero”, onde tomo o velho “guaraná” diariamente com os amigos, pela gentileza de ter passado, do disquete para meu modesto Blog internacional, as colunas de hoje e da última segunda-feira. Quem faz isso para mim é a Rita Maria, que está em Brasília com a filha Verônica.
ATÉ a próxima.

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