quarta-feira, 26 de agosto de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 288 (QUARTA-FEIRA, 26-08-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Como toda quarta-feira, hoje é dia de amenidades, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. Interessante a opinião do americano “Ronne Franks”, para quem, “a maioria da nossa torcida, organizadas ou na internet, não gosta da presença de torcedores da “fajuta”, “fuleira”, famigerada e protegida duplinha RapoGalo em nossos jogos”. Ademais, “quando o América não está bem, ou precisando da presença em jogos de dois ou três mil, eles não passam nem na porta do estádio. Só querem vir encher o saco na hora do banquete. Pior: compram os ingressos dos americanos quando veem do interior”.
CONCORDO com o leitor de meu modesto Blog internacional. Só não concordei com o amigo e ex-companheiro do extinto “Diário da Tarde”, Otávio di Toledo, por ocasião do jogo decisivo (pela vaga no Campeonato Brasileiro da Série B do próximo ano), no último domingo (América três a um no Brasil de Pelotas/RS), quando ele disse não permitir a presença de atleticanos e cruzeirenses em nosso belo e confortável Independência.
ORA, a meu sentir, tem nada a ver! Se o torcedor atleticano e cruzeirense quiser prestigiar o nosso Coelho, tudo bem, quanto mais cheio o estádio, melhor. É uma “pressão” danada nos adversários e no trio de árbitros, como aliás, ocorreu no último domingo. O que não vale é aquele tipo de torcedor que vai para “secar” e que, no nosso insucesso, vibra e sai com um sorriso maroto do estádio. Isso é irritante! Intolerável, simplesmente!
CERTA ocasião, o grande americano José Américo Campos, o do chapelão mexicano, levou os amigos Helio “Coronel” e Hélcio “Grande” Reis, que não são americanos, para aquela “força” ao Coelhão. De repente, o Zé Américo percebeu que eles estavam torcendo contra, sorrateiramente, contra o nosso time. A cada ataque do América, cruzavam os dedos. E a cada ataque perigoso do adversário, ficavam naquela expectativa. O Zé Américo nunca mais convidou a dupla indesejável para os jogos do nosso América. A amizade deles ficou restrita ao carteado (acho que era “pife-pafe”). “Traidores”, Hélio e Hélcio...
PS – Para agradecer o amigo e ex-companheiro Plínio Barreto, pela homenagem a este modesto cronista, em sua crônica do último dia 22 (“História do dia”), no jornal “Estado de Minas”. O Plínio, hoje meu vizinho de rua no bairro Gutierrez, para mim, é o maior cronista esportivo das Minas Gerais de todos os tempos. Sabe tudo do futebol mineiro da década de 30 para cá. Pena ser ele cruzeirense (todo mundo tem os seus defeitos). Quem quiser comprovar o que estou falando, é só ler seu ótimo livro “Futebol no embalo da nostalgia”, que leio sempre com a mesma alegria. O meu, tem esta dedicatória: “Ao Miguel Santiago, grande colega, acima de tudo um amigo, um pouco do futebol sem retrancas e muita arte”.
ATÉ a próxima.

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