quarta-feira, 7 de abril de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 385 (QUARTA-FEIRA, 07-04-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje é quarta-feira, dia de amenidades, casos, “causos” e “jogar conversa fora”, ficando o meu querido e glorioso América (tem clássico com o Galinho logo mais em novo horário pornográfico das 19h30) e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. Eta banda sumida, hein, amigo Jésus Wagner Marques Brito, da timba afinada e barulhenta! Sábado não tem desculpa. Ou “sai ou racha”. Caso contrário, mais um final de semana somente com o velho ludopédio...
POIS bem! Se hoje uma bola vem em minha direção, desvio dela ou a domino, caso uma criança estiver correndo atrás (atrás de uma bola quase sempre tem uma criança correndo). Hoje, por não jogar mais, a bola não exerce em mim o fascínio de antigamente. Se tivesse parceiros, jogava de manhã, de tarde e de noite. Era um vício terrível! Onde a “vaca vai um boi vai atrás”! No início da década de 70, lembro-me bem, dormia cedo no sábado e acordava mais cedo ainda no domingo, por volta das 5 horas. Nossas “peladas” dominicais no Clube Recreativo Forense, em Betim, eram sensacionais. Somente os 22 que chegassem primeiro jogavam. Era uma correria danada na estrada. Uma ultrapassagem atrás da outra. Um perigo! Felizmente, todos chegavam “são e salvos”. Ponto assinado, começava a jogatina: sinuca e carteado. Tudo a valer. Uma “contravenção penal só”. Antes das 9 horas, todos no campo, o velho Estádio João Batista Santiago, homenagem justa a meu saudoso irmão, que nos deixou tão cedo, aos 25 anos de idade, em agosto de 1973, em lamentável acidente de trânsito, no Centro de Beagá.
ERA uma “constelação” de talentosos jogadores, a maioria, infelizmente, já ficou no meio do caminho, dessa vida tortuosa, como Mauro Belém Botelho, Antônio “Pinel” Milton, Ariosvaldo Campos Pires, Raul, o velho Pardini, Alberto Barroca, José Alberto Amarante, Renato Vilhena, meu irmão Domingos Afonso, Marquinho Flores Pereira e outros que a fraca memória já não mais alcança. O time do “segundo andar” está bem reforçado. O cá de baixo está bem desfalcado. A vida é assim mesmo, uns vão e outros chegam. Ah, estava me esquecendo do notável Cássio Inacarato, um meia esquerda da melhor qualidade. Muita gente fala que se ele não morresse tão jovem (menos de 20 anos) seria melhor do que o fantástico Tostão. Por coincidência, os dois jogavam no meu América...
O DETALHE é que no Clube Forense as duas equipes eram escolhidas por seus capitães, do goleiro ao ponta esquerda, na base do “par ou impar”. O advogado Décio Fulgêncio era o nosso árbitro preferido. Arranjava uma confusão atrás da outra. Era uma briga que não acabava nunca. Uma autêntica “Torre de Babel”...
ATÉ a próxima.

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