sexta-feira, 30 de abril de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 395 (SEXTA-FEIRA, 30-04-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje é uma data muito importante para o futebol brasileiro. Foi em 30 de abril de 1912 que um grupo de garotos fundou o meu querido e glorioso América, que está completando, portanto, 98 anos. Assim, faltam apenas dois anos para o centenário. Mas, o despeito da importância do clube, o descaso de parte da mídia esportiva mineira continua. O “Aqui”, jornal que leio diariamente, por exemplo, não deu uma notinha sequer de canto de página. Nem o companheiro do extinto “Diário da Tarde”, Otávio di Toledo, que preferiu falar do jogo Galo e Peixe em sua coluna. Que “mancada”, hein, amigo! Seu jornal falou apenas da protegida duplinha RapoGalo, do Flamengo/RJ, do São Paulo, do Corinthians, do Tigre/de/bengala, de vôlei, do Inter e do Milan, os dois clubes milaneses. Deixaram o meu América no ostracismo! Quem sabe, essa gente fala algo no centenário. Nem que seja uma linha...
ESSA duplinha RapoGalo gosta muito de falar em arbitragem. Detesta certos árbitros brasileiros, como o paranaense Héber Roberto Lopes. Mas, quando os erros são favoráveis aos mineiros, o silêncio é total. O distinto “operou” o também meu Santos anteontem e ninguém falou nadinha. “Boca de siri”! O “soprador de apito” não marcou um pênalti claro no santista Robinho (inventou um inexistente impedimento) e validou um gol galista, com o Tardeli em completo impedimento, mudando o resultado do jogo. Os dois lances foram comentados de passagem pela mídia mineira, caindo no esquecimento. É aquela estória: “pimenta nos olhos dos outros não passa de refresco”! Para mim, não: “pau que dá em Chico dá em Francisco”...
MAIS um final de semana sem o meu América, que estreia no próximo dia 7 (está chegando a hora) no Campeonato Brasileiro da Série B, recebendo o paulista Bragantino, no Mineirão, com um elenco renovado. No domingo, apenas as decisões dos campeonatos mineiro e paulista, sem qualquer emoção, vez que o Peixe e o Galinho, a meu sentir, já são campeões. Será que alguém acredita que Santo André e Ipatinga podem atrapalhar a festa? Só se for alguém que acredita em boi tatá, curupira e saci pererê...
E, provavelmente, outro final de semana sem a nossa quase filarmônica do Gutierrez, que está como cabelo de calvo, sumindo, sumindo. Que pena, os sábados do bairro mais charmoso de Beagá já não são os mesmos. Ficaram frios , insípidos e descoloridos. Os aparelhos (musicais, bem entendido) do amigo Jésus Wagner Marques Brito, o americano/santista da timba afinada e barulhenta, estão virando peças de museu, enferrujando em um canto qualquer. Lamentável, nossos talentosos músicos sumiram. Nem recado na porta deixaram, deixando o Zé Migué e o Jésus Brito”, presidente e líder da banda, “falando sozinhos”...
ATÉ a próxima.

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