quarta-feira, 1 de setembro de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 449 (QUARTA-FEIRA, 01-09-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, dia de amenidades, casos, “causos” e “jogar conversa fora”, ficando o meu querido e glorioso América (na próxima coluna falo do jogo de ontem no Recife/PE) e a nossa quase filarmônica do Gutierrez (voltou em grande estilo após longa ausência) para as colunas de segunda e sexta. Nas duas últimas quartas, falei do meu início no Jornalismo, nos extintos jornais “Diário de Minas” (1966) e “Jornal de Minas” (1971), dos jornalistas Maurílio Brandão (genitor de meu saudoso amigo e companheiro Marco Antônio Brandão) e Afonso Araújo Paulino (ex-presidente do Galinho).
POIS bem! Foram duas tentativas e duas desistências. Mas, em 1973, mesmo sem querer, querendo, comecei uma carreira de verdade, no também extinto jornal “Diário da Tarde”. Zé Migué, quem diria, especialista em fechar jornais! Três! Só faltei trabalhar no agora igualmente extinto “Jornal do Brasil”, que deixou o papel de lado e passou apenas para a internet. Que pena! Quantos jornalistas desempregados, jogando talento fora...
NO “DT”, foram longos 34 anos, até junho de 2006. Bons tempos, grandes amigos! Grandes coberturas na área jurídica e duas colunas diárias, a “DT Justiça” e a “De Letra”, falando de minha paixão maior, o meu América. A matéria maior e mais penosa foi, sem dúvida, a do julgamento do milionário empresário paulista Doca Street, acusado da morte da “Pantera de Minas”, Ângela Diniz, no final da década de 70, em Cabo Frio/RJ.
FIQUEI na cidade fluminense uma semana, hospedado no “Hotel Malibu” e trabalhando o dia todo. Eu e os companheiros João Gabriel (“Estado de Minas”), Sidney Lopes (fotógrafo) e Vargas Vilaça (“Rádio Guarani”). Só ao telefone, passando as longas matérias diárias, eram três horas. Não havia tempo sequer para respirar. Só fui conhecer as lindas praias da cidade depois do júri, após a missão cumprida. Cumprida e comprida! Um dia de praia. Um belo sábado! No domingo, o carro do jornal nos deixou no aeroporto do Rio de Janeiro e voltamos para Beagá, eu, João Gabriel, Sidney Lopes e Vargas Vilaça, pois na segunda-feira a nossa rotina recomeçava. Vida dura a de jornalista. Trabalhar, trabalhar e trabalhar. E receber um insignificante salário, pouco maior do que o mínimo. Sorte minha é que eu tinha dois outros empregos, a advocacia e o Tribunal de Justiça. Caso contrário, “morreria de fome” ou passaria necessidade. Mas, não me arrependo de nada. Se tivesse que fazer tudo de novo, faria...
ATÉ a próxima.

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