segunda-feira, 3 de setembro de 2007

DE LETRA Nº 45

DE LETRA Nº 45 (SEGUNDA-FEIRA, 03-09-07)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Foi um sábado totalmente perdido! Como diretor-presidente da quase filarmônica do meu Gutierrez, combinei com o líder do grupo, o grande e dileto amigo Jésus Wagner Marques Brito, o americano/santista da timba afinada e barulhenta, o cancelamento da apresentação da banda, para que os americanos do Gutierrez (maioria absoluta) pudessem comparecer ao nosso belo e confortável Independência. Antes não tivesse ido. Que decepção! Mais uma...
UM América cada vez pior, sem inspiração e desestruturado em campo, sendo presa fácil para a modesta equipe do Ituiutaba, que se aproveitou de jogar com um a mais no segundo tempo (o volante Dudu foi expulso) e venceu pelo placar menor. Dessa vez, ninguém se salvou, nem mesmo o bom goleiro Daniel, que “aceitou” um chute nem tão forte assim de longe. Uma defesa desorientada, um ataque inoperante e um meio-de-campo que nada fez, não marcou e nem saiu para o jogo. O goleiro do time interiorano trabalhou muito pouco (ou quase nada, sei lá). Jogada ensaiada, o que é isso? E o Coelho está treinando desde abril último! Treinando o quê? Não se pode culpar o treinador Nedo Xavier, que não é mágico e, sim, o elenco do América, que tem jogador que não jogaria em meu time de esquina na década de 60...
O AMÉRICA não jogou bem. Mas, foi terrivelmente prejudicado pela péssima atuação do árbitro Luiz Carlos Silva, que deixou de marcar várias faltas perto da grande área do Ituiutaba, marcou todas perto de nossa grande área (até as que não foram) e, o que foi pior, expulsou o nosso volante Dudu por causa de um “carrinho”, não tendo feito o mesmo em lances idênticos do rival. Dois pesos e duas medidas! O meu clube tem que entrar com uma reclamação na Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol. Chega de ser prejudicado pela arbitragem mineira...
MEU sábado foi salvo pela alegria de rever, no Gigante do Horto, o amigo João Érico, meu colega no Colégio Marconi, no final da década de 50. Quanto tempo, hein, “Jerico”? Bons tempos em que íamos ao Independência (Alameda, também), vibrar com Jardel, Toledo, Wilson Santos, Sebastião Leônidas, Robson, Gunga, Zuca, Miguel, Geraldo, Dodô e tantos outros talentos da época. Hoje, o americano é forçado a “engolir” Ernani, Carlão, Clodoaldo, Zé Maria, Donizete Amorim e outros. E viva a diferença! Vida difícil, a do torcedor americano...
NAQUELA época, o meu América foi campeão de 1957 e vice no ano seguinte, com uma equipe que jogava e fazia o torcedor vibrar, com estádios lotados. No chamado “clássico das multidões”, as torcidas do Coelho e do Galinho/sem/esporas dividiam o Independência pela metade, absolutamente igual. Eram as duas maiores torcidas das Minas Gerais. A torcida da Raposinha/saltitante sequer existia, não passando de autênticos “gatos pingados”. Hoje, infelizmente, tudo mudou...
ATÉ a próxima.

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