quarta-feira, 22 de abril de 2009

DE LETRA

DE LETRA N 234 (QUARTA-FEIRA, 22-04-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Como em toda quarta-feira, o dia é de amenidades, ficando meu querido e glorioso América para as colunas de segunda e sexta. Caro e atento leitor, teria que viver novamente 65 anos para que pudesse ter o privilégio de um feriadão prolongado tão bom! Bom, não, extraordinário! Cheguei a imaginar que estava sonhando. Beliscava o braço e sentia que estava acordado e o que estava diante dos meus sentimentos era a cristalina realidade...
TUDO, só poderia ter acontecido na acolhedora, hospitaleira e histórica Conceição do Mato Dentro, para onde viajei com o mano cruzeirense Domingos Afonso Santiago, na última sexta-feira. Cheguei na tarde de hoje, por volta das 16 horas, com as “pilhas recarregadas”, para novas batalhas em Beagá, ao lado dos amigos de sempre, no restaurante “Sub Zero”, do amigo Roncali. Que saudade! E a saudade mata a gente, morena...
DURANTE o dia, aquela “resenha” no restaurante “Solar da Lili”. No final da tarde, almoço caprichado, preparado com carinho e competência pela Tetê. Mas, o melhor estava reservado para o período da noite, no aconchegante restaurante da Rosinha, mormente no sábado, domingo e segunda-feira. Uma música da melhor qualidade, para Palácio das Artes lotado. Três gênios da música e algumas ótimas “canjas”. Fui um dos privilegiados. Acompanhei tudo, não paguei ingresso e muito menos “couvert artístico”.
COM O seu bandolim mágico, que só falta falar (esnobou, também, no violão), o professor Hudson Brasil, do trio “Brasil com S”. Do lado, o amigo galista Cadinho Faria, o “mago do violão” dos dedos ágeis. E, para completar, o fenomenal Gabriel Guedes, neto do compositor Godofredo Guedes (alô, Montes Claros!) e filho do conhecido e consagrado músico Beto Guedes. O que o Gabriel (muitos o chamam de “Xexéu”) faz com o bandolim é inacreditável. Não satisfeito, pegou o teclado, o violino e o pandeiro, ficando difícil, para nós, leigos em música (só tenho bons ouvidos e sensibilidade para ouvir), distinguir qual instrumento é a “praia” dele...
ENTUSIASMADO, cheguei a lhe perguntar que instrumento ele não tocava (naturalmente, boi no pasto e galinha no terreiro). Se já não fosse o bastante o “show” do Hudson, do Cadinho e do Gabriel, ocorreram algumas “canjas” interessantes, como do Said (canta com uma sensibilidade incrível), de um cantor paulista (sua interpretação de “Saudosa Maloca”, do Adoniran Barbosa, foi sensacional, praticamente declamando os lindos versos), da Lina (mulher do Cadinho, com sua voz suave) e da Denise Miranda, cantora internacional, que mora na Suíça, é natural de Curvelo e adotou Conceição do Mato Dentro como sua terra querida, estando sempre lá, quando de suas merecidas férias europeias. Valeu! Obrigado, meu Deus, por momentos tão encantadores...
ATÉ a próxima.

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