quarta-feira, 29 de abril de 2009

DE LETRA

DE LETRA N 237 (QUARTA-FEIRA, 29-04-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje é quarta-feira, dia de amenidades, ficando as colunas de segunda e sexta (modestas, como as demais) reservadas para o meu querido e glorioso América e a nossa cada vez melhor quase filarmônica do Gutierrez. Pois bem, depois de levar mais uma “mordida do Leão” (gente, o “bicho” está faminto e o prazo de entrega do Imposto de Renda termina amanhã), lembro que, em coluna anterior, falei, com enorme saudade, da acolhedora Visconde do Rio Branco/Zona da Mata (outrora, capital brasileira da cana de açúcar), onde passei oito anos (de 1945 a 1953) de minha saudosa infância, que os anos não trazem mais. Ah, quanta saudade...
FOI EM VRB que acompanhei o início da carreira do grande goleiro Genivaldo (veio do Fluminense/RJ para o Nacional), que, posteriormente, foi tricampeão mineiro pela Raposinha/saltitante (1959/1961). Na cidade, aprendi a ler e a escrever, no grupo escolar (hoje, escola estadual), com as queridas professoras Cininha (jardim da infância), Maria Lucas e Silá (primeiro e segundo anos do antigo curso primário). Foi, no campinho do educandário, que comecei a praticar o velho ludopédio, na hora do recreio (só os bem comportados jogavam), com dois assistentes ilustres (ficavam atrás do portão de ferro), meu saudoso genitor José de Assis Santiago (juiz de Direito da comarca) e o também saudoso Grover Cleveland Jacob (promotor de Justiça). Meu pai torcia para mim e o Grover para seu filho Fabiano. Quis o destino que os dois se aposentassem, depois, no cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Bons tempos...
AOS domingos, Missa na Matriz de VRB (grande Ataulfo Alves!), celebrada pelo Padre Raul, que era muito interessante e rigoroso. Em voz alta, o vigário anunciava as contribuições dos paroquianos. Fulano tanto, cicrano tanto. No final da lista, com voz mais alta ainda, dizia, irônico e com indisfarçável ira: “Seu Calixto, cinco réis. Pão duro!”. Dava uma vontade de rir! Mas, como toda criança, ficava esperando, com ansiedade, o padre dizer “Ide, Missa est” (podem ir embora, a Missa terminou). Era só chegar em casa, tirar a “roupa de ver Deus”, colocar o calção e jogar nossas tradicionais “peladas” dominicais. Em campo de terra e com bola de meia. Ainda tenho mais o que falar de Visconde do Rio Branco. Em colunas posteriores, bem entendido...
PS – Para mandar um abraço especial para o aniversariante de hoje, meu querido enteado Guilherme Lima Nogueira da Silva, ilibado juiz de Direito da Primeira Vara Cível da Comarca de Itajubá. O jovem está com a “cabeça quente”, pela “traulitada” que o seu Galinho levou no último domingo (“mão cheia” da Raposinha), mas, pelo menos, não ouviu os “gritinhos histéricos” de cruzeirenses, já que, na cidade e em todo Sul de Minas, a prioridade do pessoal é o futebol paulista. A região parou para acompanhar, pela “telinha”, o jogo Santos e Corinthians, decisão paulista.
ATÉ a próxima.

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