quarta-feira, 22 de julho de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 273 (QUARTA-FEIRA, 22-07-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Quarta-feira, como de costume, o dia é de amenidades, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez (seu comandante Jésus Brito está “capinando”, digo, em Campinas/SP), para as colunas de segunda e sexta. Não sou saudosista, mas, humorista, mesmo, para meu bom gosto, só os de antigamente. Era admirador de alguns, mas o que mais apreciava e me provocava gostosas gargalhadas era o Zé Vasconcelos. Tanto que conservo, até hoje, seus três discos, lançados na década de 60 (na época, ainda não havia CD ou DVD), “Eu sou o espetáculo”, o “Espetáculo continua” e “O mundo alegre de Zé Vasconcelos”. Ótimos, por sinal.
NUNCA tive a oportunidade de ver seus “shows” em teatros. Só na “telinha”. Em compensação, tenho um privilégio: ele contou, para mim, três piadas de seus discos. Na década de 80, quando eu era respeitado pelos dirigentes do América, acompanhava, como convidado, as delegações, quando o Coelho jogava fora de Beagá. Para uma partida contra o Cabofriense, estava em um hotel de Cabo Frio/RJ, jogando carteado com um diretor, um médico e o treinador, tomando o velho “guaraná”, quando, de repente, um “sapo” se encostou ao lado da mesa, de camisa social branca, calça preta e gravata borboleta...
SEM a menor cerimônia, pedi: “garçom, por favor, traga-me uma bem gelada”. Ele disse: “não sou garçom”. Falei que a sua voz era semelhante a de meu ídolo Zé Vasconcelos. Ele afirmou: “sou o próprio”. Iria dar um “show” na cidade. Pedi-lhe que contasse três piadas dos seus discos, a do locutor esportivo gago transmitindo um jogo de futebol, a do italiano que foi pela vez primeira a um estádio e a do casal de velhos que se hospedou em um hotel e a energia elétrica acabou. Foi um festival de risadas. Para completar o meu belo sábado, ele me convidou para o seu “show”. Não pensei duas vezes. Entrei com ele no carro do empresário e fui para o teatro. Uma noite inesquecível. Que coisa, eu, na primeira fila do teatro, convidado pelo grande Zé Vasconcelos. Raro privilégio...
PS – Para mandar um abraço especial ao grande americano e amigo Augusto Bifano (alô, Matipó!), que completou, ontem, 91 anos de idade. Que maravilha! O Bifano não perde um jogo do nosso glorioso América. Matipó, para quem não sabe, pertence à Grande Abre Campo...
ATÉ a próxima.

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