quarta-feira, 29 de julho de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 276 (QUARTA-FEIRA, 29-07-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Como em toda quarta-feira, o dia é de amenidades (ou de jogar conversa fora, sei lá), ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. Falar na banda, seu comandante Jésus Brito chegou na tarde de anteontem de seu circuito turístico (esteve em Campinas/SP e Jacutinga/MG) e foi direto para o bar que a turma ainda frequenta no início de noite, de segunda a sexta (sábado, domingo e feriado o “expediente” começa mais cedo, no início da tarde). Disse ainda frequenta, já que os amigos Sandro e Alemão estão abrindo um bar na Rua Marquês de Valença, que será o novo “point” da turma. Tomara que seja definitivo. Eterno enquanto durar, como dizia o imortal compositor carioca Vinicius de Morais, nosso poeta maior. Tem gente que não acha, como o amigo galista Cadinho Faria, o sumido “mago do violão”, para quem, o maior é o itabirano Carlos Drumond de Andrade. É aquela estória: questão meramente de gosto. O que seria do azul se não fosse o verde?
ONTEM, pude notar, mais uma vez, o desprezo da mídia esportiva de Beagá para com o meu América. O jornal “Aqui” não fala uma linha sequer do melhor time do Campeonato Brasileiro da Série C, até agora, a não ser a coluna do americano Otávio di Toledo, ex-companheiro do extinto jornal “Diário da Tarde”. Fala apenas da “fuleira”, “fajuta”, famigerada e protegida duplinha RapoGalo, da Seleção Brasileira, do Tigre/de/bengala, do Sport/PE, da cobertura do Romário, do Fluminense/RJ, do Real Madrid, do Ronalducho, do Santos/SP e do Michael Phelps, tendo, ainda, as colunas do Son Salvador (duas), do americano Afo, do atleticano Dada Maravilha e do cruzeirense Vibrantinho. Como diz o pessoal de Abaeté: tem base?
TEM base, não! Americano já está mais do que acostumado. Perdi a conta e meu precioso tempo, de 1973 a 2006, quando trabalhei nos “Diários Associados”, de quantas vezes “briguei” contra essa intolerável e odiosa discriminação com o meu América, tentando, em vão, “fazer a cabeça” dos editores de Esporte dos jornais “Estado de Minas” e “Diário da Tarde” Hélio Fraga, Daniel Gomes, Afonso Barroso, Carlos Cruz e outros, que, como toda a mídia mineira, só “pensam naquilo” (na duplinha RapoGalo, bem entendido). Fazer o quê, se, para eles, o Coelho é o “patinho feio” do futebol mineiro? Gente que sequer conhece a história do nosso ludopédio. Ora, queiram ou não, o América é um dos três grandes do futebol mineiro...
É, foi e será! Perguntem ao grande jornalista esportivo Plínio Barreto (seu livro “Futebol no embalo da nostalgia” é ótimo), com quem tive o privilégio de trabalhar longos anos, que, mesmo sendo cruzeirense, conhece tudo do futebol mineiro, pelo que sei, desde o já distante 1930. Hoje, também aposentado, para minha alegria, é meu vizinho no Gutierrez (mesma avenida). De quando em vez, conversamos pelas ruas do bairro. Assunto? Claro, futebol. Aprende-se muito com ele. Grande, Plínio!
ATÉ a próxima.

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