quarta-feira, 7 de outubro de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 306 (QUARTA-FEIRA, 07-10-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Como toda quarta-feira, o dia é reservado para amenidades, casos e “causos”, ficando o meu querido e glorioso América (provavelmente, o único clube das Minas Gerais campeão brasileiro em 2009) e a nossa hoje dividida quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. Atualmente, está passando uma nuvem negra sobre a nossa banda. No último sábado, por exemplo, ela não deu seu costumeiro “show”, por falta de “quorum”. Não apareceu um músico sequer no bar do agitado galista Toninho, deixando o Jésus Brito sozinho, ao lado de sua afinada e barulhenta timba. Barulho, somente o do Toninho, que passou o tempo todo gritando “cadê a banda, Jésus?”.
PARA mim (e para a maioria esmagadora), o maior jogador da história do futebol mundial foi o Edson Arantes do Nascimento, um tal de Pelé (tricampeão mundial de 1958, 1962 e 1970), o “Atleta do século”. Uns acham que não (gosto não se discute), como o próprio Pelé, para quem, foi o Tomás, um tal de Zizinho, o “Mestre Ziza” (vice no Mundial de 1950). Como somente vi o Pelé jogando (no Mineirão, Independência, Morumbi e Maracanã, com as camisas do também meu Santos e da Seleção Brasileira), não posso entrar no mérito da polêmica questão. Cada um que tire a sua conclusão...
É QUE, infelizmente, não tive o privilégio de ver o Zizinho jogando (somente raros filmes da televisão). A única oportunidade que teria, em 1959, fui impedido pelo meu saudoso genitor, na única mágoa que me causou na vida. Imperdoável! A Raposinha enfrentou o Santos, no velho Independência, que ainda não pertencia ao meu América (era do Sete de Setembro). Com medo de levar uma histórica goleada, o time azul pegou emprestado alguns talentos da época, como Zizinho e Rui (um zagueirão clássico do Democrata de Sete Lagoas). Mesmo assim, a barropretada “caiu de quatro” (quatro a um, três gols de Pelé). Quem esteve no estádio, ficou simplesmente maravilhado...
COMO apaixonado que era pelo velho ludopédio (era americano mas via jogos de todos os clubes), meu pai levou meus irmãos Domingos Afonso, Edelberto, José Teófilo e Márcio Augusto, que não eram santistas, deixando para trás o Zé Migué, apaixonado pelo Santos e admirador do Pelé. O jeito foi ficar em casa chorando, na cama, que, dizem, ser lugar quente. Liguei meu aparelho (de rádio, bem entendido). Rádio Inconfidência, com transmissão do saudoso locutor, amigo e companheiro Jairo Anatólio Lima. Noite inesquecível. Na manhã seguinte, adquiri o hoje extinto “Diário da Tarde”, jornal em que trabalhei de 1973 a 2006, para conferir os detalhes. Pena não ter visto tal jogo, vez que poderia aumentar a minha certeza, fazendo as devidas comparações. Quem foi o melhor? Pelé ou Zizinho? Sem dúvida, o Rei Pelé. Tem gente que fala ser Maradona ou Ronalducho (entre os dois, sou mais Romário). Fazer o quê? Questão de preferência...
ATÉ a próxima.

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