quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 363 (QUARTA-FEIRA, 17-02-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, dia de amenidades, casos, “causos” e de “jogar conversa fora”, ficando o meu querido e glorioso América (logo mais tem outra “rocha” no Mineirão, o Tigre/de/bengala) e a nossa quase filarmônica do Gutierrez (exagerou no carnaval, tocando quatro dias seguidos, sábado, domingo, segunda e terça, no bar do agitado galista Toninho Afonso).
POIS bem! A ministra-chefe da Casa Civil, a mineira Dilma Rousseff, que pretende ser candidata do PT ao Governo Federal, naturalmente com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamou, no último dia 9, Governador Valadares de Juiz de Fora, cidades que nem vizinhas são. Se ela tivesse a vivacidade e a inteligência do saudoso presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que também é mineiro (de Diamantina), teria tirado “de letra” a embaraçoso e constrangedora situação...
NA década de 60, o nosso JK (1902-1976), que inaugurava obras no Triângulo Mineiro, discursava em Uberlândia, quando falou: “povo de Uberaba”. Alguém tocou em seu ombro e disse: “presidente, nós estamos em Uberlândia”. Sem perder a pose, JK completou: “povo de Uberaba eu disse ontem nessa importante cidade do Triângulo. Hoje, digo povo de Uberlândia, outra cidade importante da região”. Ninguém percebeu nadinha e a solenidade seguiu normalmente. Até hoje o pessoal de Uberlândia se lembra do episódio. Grande Juscelino, “como pode o peixe vivo viver fora da água fria...”.
TIVE o orgulho de apertar a mão de dois presidentes da República. A de Juscelino Kubitschek, quando ele era Senador por Goiás, na Rua Guajajaras, Centro de Belo Horizonte, quando chegava para uma solenidade. Foi a única vez que o vi pessoalmente. O outro presidente que apertei a mão foi o pequeno grande homem, o gaúcho Getúlio Vargas, em meados da década de 50, pouco antes de sua traumática morte, que fez todo o Brasil chorar. Ele era considerado o “pai” dos brasileiros...
FOI na exposição agropecuária de 1954, uma das mais importantes do País. Talvez por ser filho do juiz de Direito da Comarca de Leopoldina, fui o porta-bandeira do Grupo Escolar Ribeiro Junqueira. Carregava orgulhoso a bandeira do Brasil, quando, de repente, nada mais do que de repente, o presidente Getúlio Vargas me cumprimentou. Emocionado, levei um tremendo susto. Meus colegas, naturalmente enciumados, disseram “Miguel, você tem que ficar sem lavar as mãos durante a semana toda”. Que coisa! Apertar as mãos de nossos dois maiores presidentes! Interessante, os dois morreram de maneira trágica: Getúlio se suicidou e JK perdeu a vida em um acidente de trânsito. Dois grandes homens públicos...
ATÉ a próxima.

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