quarta-feira, 11 de agosto de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 440 (QUARTA-FEIRA, 11-08-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, como de costume, dia de amenidades, casos, “causos” e jogar conversa fora, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez (voltou no último sábado e promete mais “show” no próximo) para as colunas de segunda e sexta. Dizem que o nosso Mercado Central tem os seus encantos (menos para mim, pois não suporto o logradouro). Vários amigos frequentam o local todos os finais de semana, como o Paulinho Papini (seu saudoso genitor foi o criador da coluna americana do extinto jornal “Diário da Tarde”, que herdei depois) e o flamenguista Zé Carlos, mineiro de Eugenópolis e da CEF da Rua Tupinambás. O local virou ponto turístico de Beagá. Eu, hein? Tem gosto para tudo...
SOFRI muito no Mercado Central, em meados da década de 50, quando minha família veio para Beagá, da cidade de Leopoldina. Eu tinha 12 anos. Menino pequeno, magricela e fraco, era levado ao local pela minha irmã Maria Heloisa, todos os sábados. Minha função era a de carregar sacolas. Uma em cada mão. Um peso danado! A gente rodava todo o mercado. Era a compra semanal da nossa casa, pai, mãe e 12 filhos. Hoje é diferente, pois tem supermercado, uma “mão na roda”. Sacolas cheias, começava outro “drama”...
NÓS pegávamos um ônibus lotado na Avenida Amazonas, perto do mercado, descendo na mesma avenida, na esquina da Avenida do Contorno, perto do Colégio Pio XII, Bairro Prado. Depois, no “dedão”, íamos para casa, na Rua Ludgero Dolabela, Bairro Gutierrez, que, na época, era chamado de Barroca. Que sofrimento! Chegava em casa “morto”. Parecia “castigo” de meus pais. Logo eu? Eu não era filho único. Acho que aí está minha antipatia pelo mercado. Lá, tomei o velho “guaraná” com alguns amigos, apenas uma vez. Aquele cheiro forte de verduras, legumes e de bichos e de pássaros. Insuportável. Nunca mais voltei...
PARA não falar que não falei de flores, tinha uma recompensa agradável. Quinzenalmente, a Heloisa comprava para mim a revista “Gazeta Esportiva”, de São Paulo, coleção quase completa que tenho até hoje. Passava o sábado lendo. Acho que começou aí minha paixão pelo Santos. O inigualável Pelé começou a carreira pouco depois, como também depois veio minha outra paixão, chamada América Futebol Clube. Bons tempos...
ATÉ a próxima.

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