quarta-feira, 18 de agosto de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 443 (QUARTA-FEIRA, 18-08-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, como de hábito, o dia é de amenidades, casos, “causos” e “jogar conversa fora”, ficando o meu querido e glorioso América (sábado tem o Guaratinguetá na interlândia paulista, pelo Brasileirão) e a nossa quase filarmônica do Gutierrez (sexta e sábado tem mais “show” no bar da Rua Rio Negro, quase esquina de Rua Brumadinho, Bairro Prado), para as colunas de segunda e sexta. A banda voltou! Finalmente! Futebol com música é uma boa combinação...
SOU formado em Direito (1970 na UFMG) e virei jornalista, uma espécie de “rábula”, já que sequer passei na porta de uma Faculdade de Jornalismo na vida. E, então, como se deu essa “mágica”, pode indagar o caro e atento leitor. Coisas da vida, meio sem querer querendo, como diria o Jô Soares. A primeira incursão aconteceu em meados de 1966, no extinto “Diário de Minas”, jornal do qual era arquivista o diretor de banco Osvaldo, meu companheiro no Barroca Tênis Clube, recém fundado no meu Gutierrez. De tanto falar no velho ludopédio (acho que conheço um pouco da matéria), o amigo convidou-me a trabalhar no jornal, na editoria de Esportes. No “peito e na raça” e com a “cara e coragem”, aceitei o convite...
FOI a primeira vez que entrei em uma Redação. O editor de Esportes era o José Jonusan, irmão do advogado Celso. O Zé era um policial severo, muito exigente. Não conhecia ninguém, além do Osvaldo, apenas o Renato Reis, que, como eu, era advogado. A primeira tarefa, veja bem como é o destino, foi a cobertura da vitória daquele “timaço” da Raposinha sobre o também meu Fluminense (dois a um) no Estádio das Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Fazer o quê? O jeito foi “encher a bola” da barropretada, que fez uma bela partida. Foi o nascimento daquele “timão” estrelado, como Dirceu Lopes, Tostão e companhia, campeão da Taça Brasil daquele ano...
FIZ outras matérias, poucas, é verdade, até me desentender com o editor, que, de futebol, entendia muito pouco. Briga feia! Também, o cidadão, acostumado a mandar (afinal, era policial), quis mandar em minha opinião. Como não admiti, falei “boa noite” com todos e saí pela mesma porta que entrei. Nunca mais retornei. Preferi continuar meus estudos na faculdade, formando-me pouco depois. Foi melhor! O resto de minha vida jornalística, conto depois (extintos jornais “Jornal de Minas” e “Diário da Tarde”), já que estou sentindo que esta coluna está terminando. Assunto para a coluna da quarta-feira que vem...
ATÉ a próxima.

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