quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

DE LETRA

DE LETRA Nº 515 (QUARTA-FEIRA, 02-02-11)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, dia de amenidades, casos, “causos” e jogar conversa fora, ficando meu querido e glorioso América para as colunas de segunda e sexta (hoje tem a Caldense em Poços de Caldas, 22 horas). E o sobrinho Leonardo, filho da prima Maria das Graças, é o mais novo leitor de meu modesto Blog internacional. Que bom! O jovem professor de História da PUC/MG é atleticano. Que pena...
VEM aí o Carnaval. Só gosto das Escolas de Samba. Só vou para a cama após ver a minha Mangueira entrar (no Sambódromo, bem entendido). É linda! Falar no “reinado de Momo”, tenho uma boa lembrança. Tinha apenas dez anos, em Leopoldina (Zona da Mata). Nossa empregada era a Dona Cristina, uma mulher escura e bem obesa. Deveria ter uns 150 quilos mais ou menos. Nossa casa era no alto, para quem vinha da praça central da cidade. Uma “ladeira” para se chegar lá. Subia correndo. Bem ligeiro. Hoje, devo subir no “sufoco”, parando no meio do caminho. O que é a idade...
NUMA manhã, após o carnaval, Dona Cristina chegou atrasada e bem cansada. Veio parando pela rua, ofegante. Meu saudoso genitor, que era juiz de Direito da Comarca, perguntou se ela havia “caído na folia”. “Não, doutor”, respondeu. “Eu não brinco. Se brincar eu suo, se suar eu fedo”. Todos caíram na risada. Até meu sisudo pai. Assim era a Dona Cristina. Trabalhadora incansável. Braço direito de minha saudosa mãe. Até briga de meus irmãos era separava. Era só entrar no meio e empurrar os brigões. Até machado ela tomou de um deles. Mulher corajosa...
ATÉ a próxima.

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