quarta-feira, 3 de junho de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 252 (QUARTA-FEIRA, 03-06-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Quarta-feira é dia de amenidades, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. Sempre falo das cidades em que morei. Uma delas, a acolhedora Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata, onde passei os primeiros anos da infância saudosa, que os anos não trazem mais (de 1946 a 1953). Inicialmente, no Carrapicho, uma rua estreita, pequena e de raríssimo movimento de veículos. De quando em vez, passava um carro. “Peladas” e “barra” no meio da via pública. A garotada “deitava e rolava”. Bons tempos...
DUAS famílias marcaram minha infância: a do casal Habib e Mileide (sobrenome complicado) e a do Chaquib e Donana Couri. Na segunda, Victor, Nestor, Mauro, Maurício e outros. Uma família enorme. Na da primeira, Elias, Jorge, Alice, Nazira, Helena e Ana. A Nazira, que era “polivalente”, participava das duas competições, “encarando” os “marmanjos” de igual para igual. Se precisasse “sair no tapa”, não “mudava de cara”. Hoje, grande empresária, mora em Teresópolis/RJ. Sua maior paixão? O Flamengo/RJ. Aliás, todos, sem exceção, torciam para os quatro grandes do futebol carioca: Flamengo, Fluminense, Botafogo e Vasco da Gama. Futebol mineiro ninguém conhecia. Uma cidade mineira bem “carioca”. Até rádio e jornal eram do Rio de Janeiro.
O QUE mais me marcou foi o hoje saudoso Victor, que, na cidade, era o Victor “Caneta”, apelido que recebeu, dizem, por gostar de “afanar” canetas de seu genitor, para vender no colégio, naturalmente, para comprar balas e biscoitos. Ele só virou Victor Couri mais tarde, quando veio morar e estudar em Beagá. Em meados da década de 50, jogou futebol com meu irmão cruzeirense Domingos Afonso e com a turma de Visconde do Rio Branco, no campo do Colégio Santo Agostinho. Mais tarde, no início da década de 70, por obra do destino, trabalhamos juntos no extinto jornal “Diário da Tarde” (foi um grande repórter policial) e na “Rádio Guarani” (foi meu chefe no jornalismo). Com sua voz de tenor, o Victor foi o primeiro locutor oficial do Mineirão, na década de 60. Com sua voz inconfundível, dizia: “O Estádio Magalhães Pinto informa...”.
PS – Lucas Bacelete, leitor assíduo de meu modesto Blog internacional, enviou mensagem, dizendo estar com um projeto de criação de um site voltado para a torcida americana, no qual pretende minha participação. Obrigado pelo convite, Lucas. Fiquei muito honrado pela lembrança. Mas, não poderia aceitar, por já escrever minhas colunas (três, por semana) no meu blog. Seria uma repetição desnecessária e sem sentido. Entretanto, se você quiser, fique desde já autorizado a publicar trechos de minhas colunas, no que se refere ao nosso glorioso América. A opção é toda sua.
ATÉ a próxima.

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