quarta-feira, 17 de junho de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 258 (QUARTA-FEIRA, 17-06-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Quarta-feira, como de costume, o dia é de amenidades, ficando para as colunas de segunda e sexta o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez. Volto a falar na acolhedora Visconde do Rio Branco (Zona da Mata), terra da cana e da boa “pinga”, onde passei parte de minha saudosa e inesquecível infância (de 1945 a 1953). Na semana passada, falei da rua Carrapicho, onde morei inicialmente. Hoje, da rua do Cemitério, onde meu saudoso genitor, José de Assis Santiago, construiu uma bela e enorme casa (pai, mãe e 12 filhos, é “mole”?). Juiz, antigamente, podia fazer isso, já que permanecia muito tempo em uma comarca antes de ser promovido para Belo Horizonte.
POIS bem! Na frente da nossa residência, havia um campinho. Que grama que nada. Mato puro. Era lá que dei os primeiros chutes em uma bola de futebol (de meia ou de borracha). Uma garotada boa de bola. Pena que os nomes já fugiram da memória. Entretanto, lembro-me de alguns, como Irecê Tabuada Cacilhas (filho do enérgico tenente Cacilhas), Gilberto Cardoso, Zizinho (um moreno habilidoso) e Biluca (um zagueirão, que jogou, posteriormente, no América/RJ). Dias felizes. Escola de manhã (antigo grupo escolar) e futebol o resto do dia, até que o sol desaparecesse. De quando em vez, a gente jogava nossas “peladas” no campo do Nacional (Estádio Joseph Lambert), melhor time da cidade, que já disputou a primeira divisão do futebol mineiro. Hoje, deve ser um “quadro na parede”. Triste, por sinal. Foi a minha primeira paixão futebolística. Depois, vieram o Fluminense/RJ (hoje, nem tanto), o América/MG e o Santos...
DOIS fatos marcaram na nossa residência a minha infância. O nosso gato de estimação, que alguém, sem alma, matou, dando-lhe uma “bola” (carne envenenada). Que maldade! E uma foto histórica da família tirada na calçada (pai, doze filhos e duas primas que moravam conosco), que até hoje está na parede da sala da casa de meus saudosos genitores, em Beagá. Fui tirado da sala de aulas para o evento. Subi e desci o morro correndo, para não ter a orelha puxada pela rigorosa professora Maria Lucas. A vizinhança parou para ver o inusitado episódio. Eu, “careca”, uniforme escolar de calça curta e de óculos. Uma gracinha! “Atenção, olha o passarinho”, disse o fotógrafo. Pronto, tudo registrado para a posteridade...
FOI na residência que outro fato me marcou. A “surra” coletiva que eu e meus irmãos Domingos Afonso, Edelberto Lellis, o saudoso José Teófilo e Márcio Augusto levamos de nosso enérgico pai, por descumprimento de sua determinação de ninguém pular carnaval na praça da cidade. Não deu outra: o primeiro bloco que passou na rua nos entusiasmou. Caímos na folia. Entusiasmo que terminou quando, do alto da rua, minha irmã Maria Lúcia gritou: “Domingos, Beto, Zé, Márcio e Miguel, papai está chamando”. Apanhamos como cachorro sem dono! De vara de marmelo e de cinto. Sinto muito, meu saudoso pai, da “surra” não tenho saudade...
ATÉ a próxima.

Um comentário:

Unknown disse...

Olá Miguel.
Coloquei o link para o acesso ao seu blog lá no meu Site. Passe lá depois e me diga o que achou do site.
É sites.google.com/site/pavilhaoamericano dê sua opinião e você podia depois anunciar que eu fiz o site aqui no seu blog heim? Fazer uma propaganda.