quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

DE LETRA

DE LETRA Nº 339 (QUARTA-FEIRA, 23-12-09)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, o dia é de amenidades, casos e “causos”, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. O dia é, também, para divulgar o belo poema do amigo galista Cadinho Faria (o “mago do violão”), “O colecionador”, inspirado no meu saudoso irmão Domingos Afonso, que nos deixou tristes no último dia 14, com a sua prematura partida: “Santiago criou o seu mundo/ dentro do mundo do Criador/ seu canto, a sua poesia e sua mania de colecionador. Colecionou filmes, relógios, discos, quadros, canetas e coisas de pouco valor”.
“VÁRIOS objetos antigos/ e o que der na veneta. Mas acima de tudo/ coleciona amigos/ não por hobby/ mas por amor. É o padrinho do Zé, do Carlinhos/ do Zé das quantas e do Zé ninguém. Nasceu pra sanar a dor/ e o sofrimento de quem tem. San da mente sã/ eterno professor. O bar é seu canto predileto/ seu segundo teto e abrigo/ local de rever e fazer amigos/ e abastecer vícios antigos. Beber e jogar damas/ fazer palavras cruzadas. Enquanto esquenta a Bhrama/ jogar na loteria/ alimentar a filosofia/ enquanto não come nada. Pagar a conta alheia/ ficar de cara feia/ pra gente mal educada. San amigo velho/ em você muito me espelho/ quero-lhe sempre por perto/ e tenho o peito sempre aberto/ pro seu carinho e seu conselho”. Nota: claro que este poema foi escrito antes da morte do Domingos. Perfeita...
O DIA é, também, para agradecer o amigo “Sandrão Futebol Diário”, pela bela mensagem enviada para o meu modesto Blog internacional: “Querido amigo Miguel! Gostaria de expressar meus sentimentos e de toda a minha família. Gostamos de todos vocês. Ontem nosso querido Domingos foi ao encontro de Deus Pai. Na ocasião não pude encontrá-lo pessoalmente para demonstrar meu sincero sentimento. Desde então, espero que todos entendam o que para nós ainda é um enigma. Chega uma hora que Deus nos dá a mão e temos que partir. Que Deus conforte o coração de todos da sua família, que eu tanto admiro. Forte abraço”. Valeu a força, Sandro!
PS – O dia é, também, para agradecer a tantos amigos que nos confortaram e nos emprestaram solidariedade no momento tão difícil vivido por mim e meus familiares. São tantos, que a citação nominal deles torna-se impossível em minha modesta coluna. Seriam necessárias muitas colunas. Assim, só posso dizer, muito obrigado a todos. Valeu a força, que ajudou muito a amenizar a nossa dor indizível. Perder um amigo é muito doloroso. Irmão e amigo, então, não dá sequer para explicar o sofrimento.
ATÉ a próxima.

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