quarta-feira, 16 de junho de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 415 (QUARTA-FEIRA, 16-06-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! Hoje, quarta-feira, o dia é de casos, “causos”, amenidades e “jogar conversa fora”, ficando o meu querido e glorioso América e a nossa sumida quase filarmônica do Gutierrez para as colunas de segunda e sexta. A banda, quando retornar, se é que tal aconteça um dia, o que poucos acreditam. Pois bem! “Quem é vivo(a) sempre aparece”. A talentosa jornalista Bety Colares, minha ex-companheira no jornal “Estado de Minas”, enviou mensagem para meu modesto Blog internacional, cumprimentando pela coluna de número sete mil, esperando que eu alcance a de número oito mil. Um certo atraso justificável, vez que ela estava impossibilitada de acompanhar minhas colunas, o que volta a fazer agora. Obrigado, Bety! Não sei se vou chegar a mais um recorde. Falta muito. Com a de hoje, já são 7.040 colunas (6.625 no extinto jornal “Diário de Tarde” e 415 no Blog). De qualquer maneira, não custa nada tentar, se Deus assim o permitir...
FALAR no DT, devo uma explicação aos inúmeros leitores que querem saber o motivo de minha saída do jornal. Então, vamos lá: antes do seu fechamento, todos nós sabíamos que, mais dia, menos dia, ele seria extinto. Questão meramente de tempo! A empresa foi mandando embora, paulatinamente, seus jornalistas. Até que chegou o meu dia de receber o “bilhete azul”. No Fórum Lafayette, como fazia diariamente desde 1973, peguei as principais matérias. E, ao chegar ao “Diário da Tarde”, encontrei um ambiente de “velório” na Redação. Todos os companheiros de pé, com seus aparelhos desligados (computadores, bem entendido). Fiz o mesmo...
NINGUÉM falava nadinha! Isso ocorreu em junho de 2006. De repente, nada mais do que de repente, o então editor-geral do DT, Fábio Proença Doyle, quebrou o silêncio: “Miguel, fiz tudo para segurar você entre nós”. Pouco depois, meio sem graça, como se a culpa fosse dele (não foi, foi ordem dos “homens lá de cima”), o então editor de Polícia, José Maria Pereira, abriu a sua gaveta e tirou uma folha de papel, dizendo, laconicamente, que eu estava despedido, sem a assinatura de quem quer que seja, um tremendo desrespeito a quem deu parte de sua vida à empresa (de 1973 a 2006)...
FAZER o quê, se a vida, infelizmente, é assim mesmo? No dia seguinte, passei na Tesouraria e recebi os meus direitos trabalhistas. No outro, requeri minha aposentadoria, minha nova profissão (de malandro requintado, bem entendido), condição que ainda ostento. Trabalhar, nunca mais! Quero é “sombra, água fresca e botina larga”. Claro, tudo acompanhado do velho “guaraná”. Extinto o “DT”, azar da empresa, que perdeu grandes jornalistas, o que não foi o meu caso, que era dos mais modestos...
ATÉ a próxima.

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