segunda-feira, 29 de março de 2010

DE LETRA

DE LETRA Nº 381 (SEGUNDA-FEIRA, 29-03-10)
MIGUEL SANTIAGO
OLÁ, caros leitores semanais! O meu querido e glorioso América não tinha saída! Se ficasse o bicho comeria, se corresse o bicho pegaria. O meu Coelho correu da Raposinha/saltitante na floresta e caiu no galinheiro, logradouro dominado pelo Galinho/sem/esporas. Coisas que só acontecem com o América: logo no primeiro “mata-mata”, um clássico. Se quiser ser campeão, não tem essa de escolher adversário. Teoricamente, todos os sete rivais das quartas-de-final são bons, a despeito do inegável favoritismo da Raposinha. Mas, quem falou de favoritismo em uma competição tão equilibrada? Vence quem jogar melhor e aproveitar as oportunidades criadas. E isso tem sido justamente o crucial problema do América. Então, que venha o Galinho. Mas, sem medo de ser feliz, vez que “homem que é homem não toma mel, como logo as abelhas”...
O COELHO tem de ficar esperto, com um olho no queijo e outro no rato. A diretoria americana reclamou muito da arbitragem de ontem, no Uberabão. De um pênalti para o Zebu Fujão (gol de empate) e de um gol anulado do Fábio Júnior, que reclamou e acabou levando o terceiro cartão amarelo, ficando de fora do jogo do próximo domingo contra o Galinho. Um desfalque sério, vez que o atacante é o nosso artilheiro na competição, com seis gols. Mesmo vencendo (dois a um), o América reclamou da arbitragem. Quando perder, então, a “choradeira” será bem maior. Isso é um fato histórico no futebol mineiro, onde o peso da camisa vale muito. Azar do verde, se a preferência nas Montanhas é do azul, preto e branco...
NADA posso falar da arbitragem de ontem, vez que o “pay-per-view” fez “sacanagem” com a torcida americana, deixando de exibir o nosso jogo, preferindo passar a partida do Tigre/de/bengala com o Leão do Bonfim. Qualquer bichinho nas Minas Gerais passa o desprotegido Coelho para trás. Antes era apenas a famigerada, “fuleira”, “fajuta” e protegida duplinha RapoGalo. Ora, nós americanos pagamos caro e a televisão nem toma conhecimento do América, historicamente, o último a falar e o primeiro a apanhar. Afinal, estamos nas Minas Gerais. Fazer o quê, amigo Jésus Wagner Marques Brito, o da timba afinada e barulhenta? Para superar toda a situação, somente montando um “timaço” como do nosso também Santos. Do Peixe podem “meter a mão”, pois a meninada passa por cima de tudo, com goleadas seguidas. Aliás, os “meninos da Vila” estão em decadência, pois venceram de dez, nove e, ontem, apenas (?) de cinco a zero. Isso com o “endiabrado” Robinho na arquibancada, sem poder dar as suas “pedaladas”. Ah se o meu América tivesse um time semelhante. Só se Jair Bala, Zuca, Juca “Show” e outros nascessem novamente...
ATÉ a próxima.

Um comentário:

Marinho Monteiro disse...

Grande Miguel, meu ídolo. Segue um email que enviei para o chico maia e demais da imprensa, sobre o que o nosso América passa em nossa história:A razão do meu email passa por um processo que se arrasta por toda a história do América.
Matemática simples. Anos 40, início da era profissional no futebol mineiro:

- único ano em que um árbitro de fora apitou a decisão: 1948.

- único ano em que o América foi campeão nos anos 40: 1948.

Não tem como ser mero acaso. Repare em mais pontos que confirmam tal tese:

- 2000 América campeão da sulminas, árbitro de fora;

- 2001 América campeão mineiro, árbitro de fora.

- 1999, três jogos na decisão: o primeiro árbitro de fora: América vence. O segundo, árbitro de fora, América empata. O terceiro, árbitro mineiro: Atlético vence com pênalti discutido até os dias atuais.

É uma tese que não tem como ir contra: - o árbitro de fora chega do aeroporto quase na hora do jogo, poe o uniforme, apita e vai embora.

- árbitro de "casa" ( literalmente) fica a semana inteira ouvindo e vendo na imprensa os desmandos do kalil e luxa, reporter de rádio ligando pra federação e pra casa do árbitro escolhido, o mesmo vai na padaria ao banco e gente enchendo a paciência, chega no mineirão rodeados de papagaios de pirata oferecendo mundos e fundos, "apita" e no final do jogo volta para a mesma sociedade da massa em questão.

É uma questão lógica não ver que não afina.

O escândalo é tamanho: Repare nobre Chico Maia, que o América tem mais de dez anos que não tem sequer uma penalidade máxima marcada a seu favor num clássico contra o Atlético e Cruzeiro!

Contra fatos não há argumentos:

Quanto tempo jogando clássicos, não é possível que pelo menos em um jogo não tenha lance duvidoso:

2000 - Só o pintado cobrando, mas marcado por árbitro de fora!
2001 campeões mineiros sem cobrança de penal ( e o galo tendo a seu favor na final)
2002 - ganhamos do cruzeiro por 1 a 0 no supercampeonato mineiro, o gol foi bola em jogo do tucho, e empatamos com o galo em 2 a 2 sem penal.
2003 - empatamos com o cruzeiro 1 a 1, com um lance marcado de DOIS LANCES dentro da área, chute do jean elias, mas não foi dado penalti!
2004 - no clássico contra o galo, marcaram um penalti roubado contra a gente, o tucho jogando pra eles cobra, lailson defende, o fdp do juiz manda voltar, carlos alberto silva invade o gramado. Contra o cruzeiro, 2 a 1 e 4 a 1 pra eles, sem penalti para o coeLho;
2005 - 1 a 0 coelho, gol do ‘cumpadre Washington”, contra-ataque, bola rolando
2006 - 1 a 0 pro galo, gol do lima de falta
2007 - 2 a 0 pro galo, danilinho e tcho, e 2 a 1 pro cruzeiro, virada, gols do araujo e marcinho, sem penal para o América, fabricio soares mandando a bola aonde a coruja dorme, em lance de bola rolando.
2008 - módulo II – não teve clássico.
2009 - 0 a 0 contra o galo e novo empate contra o cruzeiro, nem perto de marcarem nada pro América!
2010 - Não precisa falar!



Fico realmente frustrado, para não falar enojado. Desde a época que o meu avô acompanhava o América na Alameda não é diferente. Que o nobre jornalista Chico Maia entenda que isto é um desabafo, somente isso.

Continue fazendo o excelente trabalho na crônica mineira, que precisa da isenção de homens como você Chico. Muito Obrigado pelo espaço.

Mário César Monteiro de Oliveira Filho, 31 anos, professor, bairro Floresta, Belo Horizonte. "MARINHO MONTEIRO, EX-AMÉRICO COELHO"